Secretaria de Educação de Lajeado abre oficialmente ano letivo da rede municipal


Professores lotaram centro comunitário na noite de quarta-feira
Rafael Scheeren Grün

“Não existe educação sem amor. A escola deve ser para nossos jovens um ponto de apoio ao lançá-los para a vida”, afirmou a prefeita Carmen Regina Pereira Cardoso, na quarta-feira (07), no Centro Comunitário Evangélico do Colégio Alberto Torres, quando ocorreu a abertura oficial do ano letivo da rede municipal de educação. A mandatária do executivo também lembrou que num universo de 496 municípios gaúchos, Lajeado é a 26ª cidade na oferta de vagas para a educação infantil. Destacou a redução do índice de evasão escolar nos educandários municipais, atribuindo a esta conquista a aproximação da escola com as famílias e a parceria incondicional do Ministério Público com o Governo de Lajeado. Lotado por professores da rede municipal e pela equipe da Secretaria de Educação (SED), o centro comunitário foi especialmente decorado para recebê-los, além de serem recepcionados por um gaiteiro e um personagem montado em pernas de pau. “Devemos nos abraçar a novas obras (literárias) como uma águia se abraça a sua caça num momento de fome”, afirmou a secretária de Educação, Rejane Ewald, ao destacar que cada professor receberia um livro para aprimorar seus conhecimentos, selando o compromisso da SED de buscar a formação continuada de seus educadores.

Logo em seguida, o renomado educador e psicólogo francês naturalizado brasileiro, Yves de La Taille, especializado em desenvolvimento moral e professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), palestrou baseando-se na temática do Riso, Humor, Ética e Educação. Segundo ele, as escolas fazem trabalhos abordando moral e ética. “Mas geralmente são trabalhos pontuais, não referendando aspectos regionais e particulares dos alunos”. Se valendo de inúmeros exemplos, Taille afirmou que o riso e o humor são suscetíveis de análises morais e éticas, mas ponderou que estas análises raramente são feitas. “Há turmas de alunos que se reservam o absoluto direito de rir. No entanto, há outras politicamente corretas, que estabelecem limites quanto ao que é factível de riso”, frisou o palestrante, destacando que é preciso civilizar o riso. Utilizando como exemplo as piadas, Taille disse que o humor incide sobre a pessoa ou sobre um traço da pessoa. “Se o tema da piada é indissociável da pessoa, a piada é sobretudo injusta, ferindo e humilhando o ser”, defendeu. Ao concluir sua explanação, o professor lembrou que o mesmo riso de vergonha de quem busca esconder uma humilhação, também funciona como um sinal de permissão, contribuindo para que as chacotas se repitam.


Assessoria de Comunicação Social Prefeitura de Lajeado

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