Escola Estadual de Educação Básica Vidal de Negreiros





Escola Estadual de Educação Básica Vidal de Negreiros.

90 Anos de História


Fundada em 15 de março de 1920 o Colégio Elementar Sete de Setembro funcionou onde hoje se localiza o prédio que abriga a Associação Comercial e Industrial e Rádio Alto Taquari. O primeiro corpo docente estava formado pela diretora Ana Rosalina Pais, e professores: Valéria Mecking, Diva Rosa de Azambuja Pontes e Idalina Porto. Em 7 de junho de 1939 recebeu o nome de Grupo Escolar Vidal de Negreiros. Em 1941 começou a funcionar em prédio padrão otimamente instalado onde hoje funciona a Escola de Ensino Médio Estrela. Em 1951 a direção da Escola estava sob responsabilidade da professora Maria Lopes Abreu. O Grupo Vidal de Negreiros se constituía no ano do Jubileu de diamantes de Estrela, num dos baluartes da educação e cultura estrelense ocupando lugar de destaque na sociedade local. Hoje localiza-se na Rua Júlio de Castilhos, 1204, antigo Ginásio Cristo Rei com trabalho exemplar na formação de nossas crianças e jovens.



Histórico da Escola:


Criada em 15 de março de 1920, cujo primeiro nome foi Grupo Escolar.


Em 1922 passou a denominar-se Colégio Elementar 7 de setembro;


Em 1939, ganhou o nome de Grupo Escola Vidal de Negreiros;


Em 1941 começou a funcionar em prédio padrão otimamente instalado na Rua Coronel Müssnich;


Em 1977, recebeu a denominação de Escola Estadual de 1º Grau Vidal de Negreiros


Em 1980 houve a transferência do Vidal de Negreiros para o prédio onde funcionava o antigo Ginásio Cristo Rei;


Em 1990 foi autorizado o funcionamento da Classe Especial;


Em abril de 2002 implantou a Educação de Jovens e Adultos (EJA).


Em 2004, ganha a condição de escola de Ensino Médio e passou a se denominar Escola Estadual de Educação Básica Vidal de Negreiros.


Em 2010, a instituição atende 720 alunos, distribuídos em três turnos.



A construção do Cristo:


Escola Estadual de Educação Básica Vidal de Negreiros

Construtor do Cristo Rei era italiano


Antônio Calsa, atualmente com 84 anos de idade chegou a Estrela exatamente quando iniciaram as obras de construção do Colégio Cristo Rei - Educandário marista em Estrela, cuja pedra fundamental foi lançada em 22 de outubro de 1950. A planta é de autoria de Herbert Persson.

Lembra que em torno de 40 trabalhadores ergueram o colégio. A massa e concreto eram feitas à pá. Arreia e tijolos chegavam por carroça ou num caminhão pequeno. No concreto foi utilizado cascalho do Rio Taquari. No final as janelas ficaram pequenas e tiveram que abrir um pouco mais para melhor ventilação nas salas de aula.

A construção da estátua do Cristo Rei iniciou quando o colégio estava quase pronto. O Sr. Antônio foi escalado pelo Irmão Valério (Marista) como pedreiro para auxiliar nas obras de construção do Cristo. Antônio Calça convidou o auxiliar Manoel do bairro Moinhos para colaborar na produção de massa.

O escultor do Cristo era italiano e chegou a Estrela com sua esposa. O Sr. Antônio não lembra de seus nomes.

As obras de construção não foram fáceis. Inicialmente foi erguida uma camada de tijolos, e por sobre os tijolos foi posto massa de cimento forte 2/1. Antes de secar a massa o escultor italiano foi moldando-a e transformando em traços do corpo e cabeça do Cristo. Para moldar o cimento o escultor utilizava como ferramentas pequenos instrumentos de ferro com diversos formatos os quais ia riscando a massa de cimento colocada sobre os tijolos.

Nos braços e nas mãos do Cristo não há tijolos. A massa de cimento foi aplicada sobre uma tela de ferro e moldada.

Depois que o Cristo ficou pronto, foi construída a escada que consta em seu interior. Antônio Calça lembra que as dificuldades foram muitas. Tiveram que confeccionar primeiro um molde de madeira sobre o qual depois foi edificada a escada que dá acesso à parte superior do Cristo.

Os trabalhos de construção levaram em torno de quatro meses. Antônio Calça disse ainda que o escultor era muito bom profissional e que a esposa do mesmo também colaborou.

Quando da conclusão das obras de construção do Cristo, foi servido um almoço antes da partida do escultor.

Mais tarde o Sr. Antônio Calsa construiu também a gruta que se encontra no pátio do educandário, hoje Vidal de Negreiros.

Agradecemos a gentileza do Sr. Antônio pelas informações importantes que fazem parte da memória viva da cidade.


Hoje no local, funciona a Escola Estadual de Educação Básica Vidal de Negreiros - Em 1980, a então Diretora Arlete Maria Schauenberg empenhou-se para obter um prédio que comportasse a demanda maior de alunos. Assim, já em 1° de outubro de 1980, conforme Ata nº 01/80 do Livro Atos Solenes da Escola, ocorreu a instalação oficial da Escola no prédio onde funcionava o histórico Ginásio Cristo Rei, na Rua Júlio de Castilhos, nº 1204.


Texto Airton Engster dos Santos

Imagens-Aepan-ONG



Tio Taquari - poema




Serpenteando entre as montanhas,

Como rodilhas de um laço,

Rumorejando as entranhas

Da terra buscando espaço.


No verde mato dos montes,

Numa lépida cadência,

Perdido nos horizontes

Pedindo cancha e querência.


Vens descendo das alturas

E num trotear teatino,

Traz na garupa a fartura,

Reafirmando teu destino.


Tens histórias de entreveiros

Dos piquetes farroupilhas

De guapos, heróis, guerreiros,

Que a memória se entropilha.


Nas torrentes de tuas águas

Meu rio xucro Taquari

Não domaste as minhas mágoas

Nem meus sonhos de guri.


Nas torrentes de tuas águas,

Tens histórias de entreveiros,

Meu rio xucro Taquari,

Que num trotar teatino

Não domaste as minhas mágoas

De guapo, herói, guerreiro,

Nem meus sonhos de guri.


Rio Taquari - poema



Rio Taquari


Que eu te saúde, ó Taquari,

Filho mais lindo da mata virgem.

Sinto-me tão seguro, não sei como,

Desde que junto de ti, vim morar.


Do eterno e sombrio seio silvestre,

Que o homem nunca destruirá,

Tu lutas e te libertas, ó lindo e grandioso,

Desde o início dos tempos.


Sim, eternamente jovem, com força impetuosa,

Assim tu avanças em frente,

E ruges forte pelos peraus e matas,

Até chegar ao mar eterno.


Quando nas tuas margens parado estou,

Sinto o sopro do criador.

Quando olho para tuas correntezas,

Sinto também a tua imponência.


Desprezando-me da terra,

Da tristeza, prazer e aflição,

Mergulho nas tuas profundezas,

Refresco então, meu coração.


Por isso, brame e ondeia adiante,

Tu, ó formoso Taquari,

Melhor local para repousar a mente,

Jamais me esquecerei de ti.


Autor: Pe. Gustavo Locher – 24.05.1945




Dr. Lauro Reinaldo Müller - Estrela-RS




No dia do filatelista, uma homenagem ao

Doutor Lauro Reinaldo Muller


Médico-cirurgião e clínico geral em Estrela nascido em fevereiro de 1912, em Porto Alegre, e falecido em maio de 1977, em Salvador na Bahia, sepultado em Estrela, no cemitério evangélico.


Foi casado com Edithe Helka Müller. Concluiu o curso secundário, em 1930. Em 1934, matriculou-se na Faculdade de Medicina na Ufrgs, diplomando-se em 1939, como cirurgião, ginecologista e obstetra. Fixou residência em Estrela no ano de 1941, no Hospital Estrela.


Como filatelista, na Exposição de 1944, obteve sua primeira Medalha de Ouro, obtendo vários prêmios, de caráter nacional e internacional.


Em 1949, fundou a Sociedade Filatélica do Alto Taquari, entidade cultural em Estrela, com o objetivo de colecionar e estudar selos de correio. Mantinha coleções especializadas sobre Músicas, Centenário do Selo Postal e Vias de Transporte.


Em 1949, foi sócio fundador do Rotary Internacional de Estrela e seu presidente por muitos anos. Como historiador, foi admitido como membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. É autor do Brasão de Armas do Município, em 1953.


Em 1951 foi presidente da Comissão Central dos Festejos dos 75° aniversário de Estrela, ocasião em que foi homenageado com um conjunto de moedas alusivas ao Jubileu de Diamantes do município.


É homenageado em Estrela com o nome de uma rua no bairro Boa União e da antiga Casa de Cultura Dr. Lauro Muller, que funcionava na rua 13 de maio.


Saiba mais:


O trabalho dos filatelistas como são chamados os colecionadores de selos não se resume a recolher selos e guardá-los. Trata-se também de organizá-los, separando-os de acordo com país, época, tema, variedade ou algum outro critério.

Colecionam também carimbos, franquias mecânicas, folhas comemorativas e blocos, por exemplo.

A Filatelia é um passatempo que mobiliza milhares de pessoas no Brasil. Estes colecionadores, ao reunirem os vestígios do dia-a-dia postal, recolhem também um pouco de história, contribuindo assim para a preservação da memória cultural de um país ou época. O dia 5 de março é o dia do filatelista brasileiro.

Texto: Airton Engster dos Santos

Imagens Aepan-ONG