Pórtico - Bem vindo a Estrela-RS

Pórtico – Bem vindo a Estrela

O Clube dos Diretores Lojistas de Estrela lançou em 1990 um concurso para projeto de construção do Pórtico de entrada do município. Na oportunidade participaram engenheiros e arquitetos cuja vencedora foi Jaqueline Mallmann. A obra de construção iniciou em 1991 com apoio da Prefeitura municipal.

Depois de pesquisar detidamente a história de Estrela e dos primeiros moradores a arquiteta desenvolveu um projeto que definiu o Pórtico como um marco que abre seus braços para receber aqueles que visitam a cidade.

Um dos portais abre o poente, para o Rio Taquari, via fluvial por onde chegaram os imigrantes a partir de 1856, e outro, vira-se para leste, a Estrada da Produção, BR-386, hoje Rodovia Leonel de Moura Brizola, acesso ao município a partir da década de 1960. Até mesmo a rodoviária foi deslocada para próximo da BR em 1975, mesmo ano em que iniciaram as obras do trevo.

O espaço do largo do Pórtico é utilizado para atividades diversas de entidades sociais de Estrela. O Festival do Chucrute é um exemplo de atividade cultural que, em muitos anos foi promovido no local. Em dezembro o Pórtico é enfeitado com lindas luzes coloridas para receber os visitantes nas festas natalinas.

Junto ao Pórtico foi implantada uma rótula que ajuda a disciplinar o intenso tráfego da Avenida Rio Branco na entrada para o bairro das Indústrias.
Nos canteiros são plantadas flores que juntamente com azaléias, ipês e verde do trevo formam um lindo cartão postal da cidade.

Também constam no local os monumentos do Lions Clube, Rotary Club e o brasão de Estrela.

Airton Engster dos Santos
Fonte: Clipagem Aepan-ONG


Estrela-RS - Santuário de Santo Antônio





Estrela-RS – Santuário de Santo Antônio

A instrução canônica em Estrela teve lugar em 11 de julho de 1873. A provisão episcopal foi lida e executada em 24 de agosto do mesmo ano. O primeiro pároco foi o Padre Francisco Schleipen. Em janeiro de 1880 foi nomeado o 2° Pároco Padre Eugênio Steinhardt. Em setembro de 1883 a igreja recebeu a benção eclesiástica.

Em 22 de dezembro de 1894 toma posse o 3º vigário da Paróquia, Padre Emilio Reichmuth.

Em fevereiro de 1903 a então Villa de Estrella recebe a visita de S. Exa. Revma. Dom Cláudio José Gonçalves Ponce de Leão, Bispo de São Pedro do Rio Grande do Sul, que eleva a igreja à categoria de Santuário de Santo Antônio.

Em 1° de janeiro de 1910 toma posse o 4º vigário da Paróquia, Padre Maximiliano de Lassberg.

Em 28 de novembro de 1915 toma posse o 5º vigário da Paróquia, Padre Eduardo Wolter.

Em 1923 a Paróquia Santo Antônio foi entregue ao clero secular até então sob responsabilidade dos padres jesuítas.

O Santuário de Santo Antônio de Estrela constitui-se de linda igreja com três altares em estilo gótico e de dois nichos.

O Altar-mor foi sagrado em 06 de junho de 1901, possuí três lindos quadros a óleo, com as imagens do padroeiro, de Santa Cecília e Santo Aloysio. O primeiro vindo da Espanha e os outros dois vindos da Itália.

O altar da direita é dedicado a Santíssima Virgem do Rosário cuja imagem está cercada de anjos protetores. O altar da esquerda é consagrado ao glorioso São José.

O Santuário possuí outras imagens: Sagrado Coração de Jesus, Sagrado Coração de Maria, São Miguel, São Luis Gonzaga, Santa Terezinha de Jesus, entre outras.


Os três sinos da igreja vieram de Bochum, na Pruscia e foram bentos em 1888 em homenagem à Maria Imaculada, São José e Santo Antônio.

O relógio da torre foi confeccionado por Bruno Schwertner.

Curiosidade: Bochum é uma cidade alemã do Land de Renânia do Norte-Westfália. Localiza-se na região do Ruhr, entre as cidades de Essen e Dortmund. Sua população em 2005 era de cerca de 386.499 habitantes.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos e Jorge Scherer
Fonte de dados: Álbum do Cinqüentenário de Estrela.

Boa União é o maior bairro e Delfina o maior distrito de Estrela-RS

O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou o resultado do Censo Contagem Populacional 2007 por bairros e distritos. Os dados podem ser acessados na página do IBGE na Internet. O IBGE também possuí agência em Lajeado-RS que coordenou a coleta de dados em 24 municípios.

Com relação ao município de Estrela, foi apurado uma população total de 29.071 habitantes com 9.636 domicílios, representando 3,02 pessoas por domicílio. O bairro Boa União ocupa a primeira colocação com 1.246 domicílios e uma população de 3.918 pessoas, seguido por bairro das Indústrias com 1.070 domicílios e 3.256 pessoas. O menor bairro é Chacrinha com 66 domicílios e 210 pessoas seguido por São Jose com 74 domicílios e 220 pessoas. Demais Bairros: Oriental (930 domicílios – 2.790 pessoas); Imigrantes (847 domicílios com 2.625 pessoas); Centro (841 domicílios com 2.050 pessoas); Moinhos ( 637 domicílios com 2.148 pessoas); Cristo Rei ( 570, domicílios com 1.619 pessoas); Alto da Bronze (499 domicílios com 1.393 pessoas); Pinheiros (452 domicílios com 1.354 pessoas); Estados (343 domicílios com 1.015 pessoas); Auxiliadora (309 domicílios com 984 pessoas) e demais áreas (353 domicílios com 1.071 pessoas).

O maior distrito é Delfina com 427 domicílios e 1.368 habitantes ficando em segundo Costão com 397 domicílios e 1.205 pessoas. Novo Paraíso vem logo em seguida com 372 domicílios e uma população de 1.184 pessoas. Glória possuí 203 domicílios com 661 pessoas.

O bairro Moinhos possuí o maior número de pessoas por domicílio (3,37) e Centro com o menor (2,43).

Outra curiosidade diz respeito ao sexo. O Censo do IBGE apurou uma população de 14.235 homens e 14.824 mulheres. Em todos os distritos a população masculina supera a feminina o mesmo ocorrendo nos bairros Pinheiros, Moinhos, Chacrinha. Nos demais bairros a população feminina supera a masculina.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.




Dom Affonso Felipe Gregory


Estrelense - Dom Affonso Felipe Gregory - Bispo Emérito de Imperatriz faleceu em 06 Agosto de 2008:

O Bispo Emérito de Imperatriz tinha 78 anos de idade e sofria de leucemina (câncer no sangue). A doença já o incomodava há anos, mas estado dele se agravou durante um passeio que Dom Affonso fazia em Estrela, - Rio Grande Sul, cidade onde nasceu em 02 de junho de 1930.
De janeiro até o 06 de agosto de 2008, ele lutou contra a doença. Sempre otimista e a leucemia parecia não o incomodar.
O bispo de Imperatriz, Dom Gilberto Pastana, lamentou profundamente a morte do seu antecessor e disse que Dom Affonso foi um exemplo de doação à igreja e aos povos mais sofridos.
Como era desejo dele, Dom Affonso foi sepultado na Catedral de Fátima, em Imperatriz. Antes de ir para o Maranhão, o corpo foi transladado de Porto Alegre para Estrela-RS. Foi velado na igreja onde Dom Affonso foi batizado, fez a primeira eucaristia e se crismou.

Vida e trabalho de Dom Affonso:

Nasceu em Estrela-RS, no dia 02 de junho de 1930. Dom Affonso Felipe Gregory foi ordenado padre no dia 25 de fevereiro de 1956, aos 26 anos. Foi o primeiro pároco de São Carlos, na Arquidiocese de Porto Alegre (1961-1962); professor no Seminário de Viamão; primeiro Diretor Executivo do Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (1963-1980); membro da Equipe de Reflexão Teológico-Pastoral do CELAM (1956-1980); membro do Pontifício Conselho Cor Unum da Santa Sé em 1977; perito da Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Medellín (1968); membro da Comissão de Desenvolvimento e População da OEA (1968-1970).No dia 2 de agosto de 1979, o Papa João Paulo II designou Affonso Gregory para a função de bispo auxiliar do Rio de Janeiro, com a sé titular de Drusiliana. Foi ordenado bispo pelas mãos do Cardeal Eugênio Sales, Dom Adriano Mandarino Hypólito, e Dom Waldyr Calheiros Novaes.No dia 16 de julho de 1987, Dom Affonso foi designado para ser o primeiro bispo de Imperatriz. Ele foi ainda presidente da Cáritas Brasileira e responsável pelo Setor da Pastoral Social da CNBB (1983-1990); Presidente da Cáritas Internacional (1991-1999); presidente do CERIS (1981).Renunciou ao cargo de bispo de Imperatriz no dia 3 de agosto de 2005, sendo sucedido por Dom Gilberto Pastana de Oliveira.

Diocese – Imperatriz Maranhão:

A Diocese de Imperatriz foi criada a 29 de julho de 1987 pela Bula Quae maiori christifidelium spirituali bono do Papa João Paulo II, desmembrada da Diocese de Carolina, que tinha como bispo Dom Alcimar Caldas Magalhães. No dia 20 de Setembro de 1987, foi empossado seu 1o. bispo diocesano, Dom Affonso Felippe Grégory. No dia 13 de novembro de 2005 em uma Solene Celebração foi empossado o 2º Bispo Diocesano, Dom Gilberto Pastana de Oliveira, atual Bispo de Imperatriz.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos e Jorge Scherer
Fonte: Júpiter Telecomunicações e Diocese de Imperatriz – Maranhão.

Estrela FC




Estrela-FC

Equipe fundada em 15 de novembro de 1931, teve na década de 70 os seus melhores anos futebolísticos.Seu estádio é o Aloisio Valentim Schwertener, que na década de 70 era chamado de estádio Walter Jubim, e tem capacidade para 5.000 pessoas.Seus principais títulos são dois vices-campeonato na 2ª Divisão do Campeonato Gaúcho (nos anos de 1960 e 1977) e a Copa do Vale do Taquari (nos anos de 1950 e 1951).

Participação do Estrela na Primeira Divisão do Campeonato Gaúcho de 1976:

Fase Classificatória:17/01/1976 - E.C. São José (Porto Alegre) 1x3 Estrela F.C.25/01/1976 - Estrela F.C. 0x2 S.E.R. Caxias (Caxias do Sul)01/02/1976 - F.C. Santa Cruz (Santa Cruz do Sul) 2x1 Estrela F.C.15/02/1976 - Estrela F.C. 4x1 G.A. Guarany (Garibaldi)22/02/1976 - Estrela F.C. 0x1 E.C. São José (Porto Alegre)28/02/1976 - S.E.R. Caxias (Caxias do Sul) 2x0 Estrela F.C.07/03/1976 - Estrela F.C. 1x0 F.C. Santa Cruz (Santa Cruz do Sul)21/03/1976 - G.A. Guarany (Garibaldi) 0x2 Estrela F.C.Classificação nesta Fase: 3º lugar, numa chave com 5 times, onde classificavam 3 para a próxima fase.


1ª Fase:28/03/1976 - F.C. Santa Cruz (Santa Cruz do Sul) 0x0 Estrela F.C.04/04/1976 - Estrela F.C. 1x0 C.E.R. Atlântico (Erechim)11/04/1976 - Guarany F.C. (Bagé) 3x0 Estrela F.C.18/04/1976 - Estrela F.C. 1x2 C. Esportivo (Bento Gonçalves)21/04/1976 - C. Atlético (Carazinho) 0x0 Estrela F.C.25/04/1976 - Estrela F.C. 0x0 E.C. Internacional (Santa Maria)01/05/1976 - S.C. Internacional (São Borja) 0x0 Estrela F.C.09/05/1976 - E.C. Ferrocarril (Uruguaiana) 0x4 Estrela F.C.16/05/1976 - Estrela F.C. 0x1 Grêmio F.B. Porto Alegrense23/05/1976 - Estrela F.C. 2x0 Sá Viana F.C. (Uruguaiana)30/05/1976 - Estrela F.C. 1x0 Riograndense F.C. (Santa Maria)06/06/1976 - Ypiranga F.C. (Erechim) 2x0 Estrela F.C.13/06/1976 - Estrela F.C. 1x3 S.C. Internacional (Porto Alegre)20/06/1976 - E.C. Cruzeiro (Porto Alegre) 0x0 Estrela F.C.27/06/1976 - Estrela F.C. 2x0 E.C. São Luiz (Ijuí)04/07/1976 - Estrela F.C. 2x0 Grêmio E. Bagé (Bagé)11/07/1976 - Estrela F.C. 1x0 S.E.R. Caxias (Caxias do Sul)18/07/1976 - S.C. Gaúcho (Passo Fundo) 4x1 Estrela F.C.24/07/1976 - E.C. Juventude (Caxias do Sul) 2x0 Estrela F.C.Classificação Final na 1ª Fase: 8º lugar, entre 20 participantes, onde classificavam apenas os quatro primeiros para a Fase Final.


Fonte: Blog História do Futebol
Imagens Aepan-ONG
Camiseta: Memorial da Aepan-ONG doada por Anderson Pereira da Silva neto do atleta Mirinho – Camiseta 8 do Estrela FC na década de 1940 – 1950.

D. Aloísio Lorscheider


Cardeal D. Aloísio Lorscheider
Ícone da Igreja Católica.
Por Airton Engster dos Santos

Dom Aloísio Arlindo Lorscheider nascido em Estrela a 8 de outubro de 1924 foi sacerdote frade franciscano e cardeal brasileiro, arcebispo emérito de Aparecida
. Nasceu na Picada Geraldo Baixa. Foi batizado com o nome de Léo Arlindo Lorscheider. Desde a infância, manifestou o desejo de ser Padre. Foi quando ouviu de seu pai uma advertência que calou fundo "se vai ser padre, seja um bom padre ! do contrario melhor que fique em casa”.

Foi ordenado a 22 de agosto de 1948, que chegou ao episcopado para a recém-criada diocese de Santo Ângelo em 1962, nomeado pelo Papa João XXIII, sagrado aos 20 de maio, aí permanecendo até a promoção e tranferência para a Arquidiocese de Fortaleza, como quarto arcebispo, em 26 de março de 1973.

Tomou parte como "padre conciliar" de todas as sessões do Concílio Vaticano II, de 1962 a 1965. Foi criado e publicado cardeal da Santa Igreja no Consistório de 24 de maio de 1976, pelo Papa Paulo VI, com o título de São Pedro "in Montorio", e como tal, tomou parte nos dois conclaves em 1978, que elegeram os papas João Paulo I e João Paulo II.

Foi secretário da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 1967 a 1971 e presidente de 1971 a 1979
. Foi um momento muito difícil da nossa história, no auge do Regime Militar. A Igreja teve de tomar posições muito firmes na defesa da redemocratização, da anistia e da participação do povo nas decisões do País.
Foi também presidente do
Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) de 1976 a 1979, assim presidindo a Terceira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em 1979, em Puebla, no México, e ainda presidente da Caritas
Internacional.

Dedicou particular atenção ao clero, no qual procurou desenvolver um profundo sentido de comunhão eclesial e um singular impulso apostólico. A sua atividade junto aos organismos da Santa Sé foi intensa. Participou de todas as assembléias ordinárias do Sínodo dos Bispos, distinguindo-se nas suas intervenções devido à solidez da doutrina e à prudência pastoral. Em
maio de 1995 foi transferido para a Arquidiocese

de Aparecida e ficou à frente da mesma até janeiro de 2004, quando da sua renúncia, tornando-se, assim, arcebispo emérito de Aparecida. Sagrou dez bispos e ordenou inúmeros sacerdotes.

Candidato a Papa:
Com apenas 54 anos, tornou-se o primeiro, e até hoje único, eclesiástico brasileiro candidato a papa. No pleito de 1978 que decidiu quem seria o sucessor de Paulo VI, perdeu para João Paulo I, que confessou ter votado em D. Aloisio. Informações não oficiais dão conta que se o novo papa não tivesse morrido 33 dias após sua eleição, teria nomeado o brasileiro para o cargo de secretário de Estado do Vaticano, o segundo posto mais importante da Cúria romana. Mais tarde, soube-se que o próprio D. Aloisio havia feito uma sofisticada articulação entre seus colegas para que não recebesse votos.

Humildade:
Dom Aloísio Lorscheider foi um frade muito simples. Circula entre os franciscanos que, no dia em que chegou a correspondência com a sua nomeação episcopal, dom Aloísio estaria lavando louça e teria dito que depois abriria o envelope.
Essa simplicidade é sua marca. Aliás, o cardinalato, que é considerado uma posição de poder, para dom Aloísio foi sempre um ato de serviço, de doação e de compromisso.

É muito importante dizer neste momento que estamos diante de um exemplo para as futuras gerações, porque o poder nunca lhe subiu à cabeça. Dom Aloísio sempre teve uma atitude humilde, respeitosa, de diálogo e de reconhecimento com os sacerdotes e com os fiéis nas dioceses em que trabalhou.
Foram atitudes assim que fizeram do cardeal uma unanimidade no coração do povo brasileiro.

Especial sobre D. Aloísio:
Aepan-ONG auxiliou a TV Aparecida na montagem de um documentário especial sobre D. Aloísio que foi ao ar no dia de sua morte, em rede nacional. Foram feitas imagens em Linha Geraldo baixa, na escola municipal Pinheiro Machado, Igreja São Miguel, propriedades rurais, estrada de acesso e de parentes que moram na localidade. Também no centro de Estrela foram ouvidos parentes muito próximos do Cardeal, filmados o Rio Taquari, monumentos da praça e Santuário Santo Antônio.
No bairro Daltro Filho, do município de Imigrante, foram feitas imagens no Convento Franciscano São Boaventura onde D. Aloísio estudou com Padre Frei Gervásio Muttoni, ainda vivo com 84 anos, da casa onde residia a família e de pessoas conhecidas do religioso, ícone da Igreja Católica brasileira e Latina Americana.

D. Aloísio volta para casa:
Seu corpo foi velado na catedral de Porto Alegre e o sepultamento foi no Convento de Daltro Filho, a 130 km de Porto Alegre.
Ainda no dia 26 de dezembro, o corpo foi transladado para o Convento de Daltro Filho, São Boaventura, no município de Imigrante (RS), a 130 km da capital gaúcha. O sepultamento foi no dia 27 de dezembro de 2007, às 17h.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Imagens: Memorial da Aepan-ONG
Agradecimentos: Jorge Scherer e Belkis Carolina Calsa pelo apoio.
Matéria Publicada no Jornal Folha de Estrela.

Estrela-RS - Milho, motor da pequena propriedade


Milho, motor da pequena propriedade rural:
Por Airton Engster dos Santos

O crescimento da pobreza nas cidades faz com que o homem do campo repense a questão do êxodo rural. O produtor tem enormes dificuldades em competir no mercado de trabalho já estrangulado das cidades, onde a especialização é a principal exigência.

O pequeno proprietário rural se vê obrigado a ficar no campo e tirar da terra seu sustento. Mesmo gerando pequenos rendimentos, a grande maioria das propriedades é economicamente viável. Nenhuma outra atividade econômica sobreviveria com tão modesta rentabilidade, mas plantar não é só fonte de lucro, é questão de sobrevivência.

Em Estrela existem em torno de mil propriedades rurais com finalidade econômica. O Censo Agropecuário realizado em 2007 deverá apontar o número exato de propriedades e a função econômica de cada uma delas.

A produção oriunda da agricultura familiar no município é variada, mas estima-se que a maioria dos agricultores plantam milho para garantir a sustentação e o manejo da propriedade. Plantando milho, eles têm a ração que alimenta o porco que vira carne, a galinha que dá ovo e a vaca de onde vem o leite.

O cereal é utilizado também em forma de silagem. Mas as pequenas propriedades também produzem uma variedade de frutas e verduras, aipim, batata-doce, batata inglesa, cana de açúcar, além da soja, e do feijão.

Dentre os cereais cultivados no Brasil, o milho é o mais expressivo, com cerca de 40,8 milhões de toneladas de grãos produzidos, em uma área de aproximadamente 12,55 milhões de hectares (CONAB, 2006). No Rio Grande do Sul, segundo levantamento do IBGE, foram colhidos 4.5 milhões de toneladas e no município de Estrela 5.560 mil toneladas. Desde 1990 o ano com menor produção de milho em Estrela, foi em 2005 e com maior produção em 1992. Os melhores períodos consecutivos foram de 1992 a 1995 e 2001 a 2004.

Em Estrela, a pequena propriedade rural é maioria. Conforme avaliação de pequenos produtores, que além de plantar para o consumo próprio também vendem frutas, verduras, leite e derivados, ovos, mel, peixe, na Feira do Produtor, a pequena propriedade rural é um recurso de sobrevivência. Os produtores rurais de Estrela, ainda vêem com bons olhos a vida no campo: É melhor que na da cidade, onde a gente já começa a pagar desde o momento que chega. No interior, não pagamos aluguel, podemos criar nossos próprios animais, produzir para o consumo próprio. Isto nunca vamos encontrar na cidade, destacam. O lucro do que a gente consegue vender na feira é pequeno, mas não tem outro jeito.

Além das burocracias quando precisam de dinheiro, também em muitas safras enfrentam os problemas da estiagem.

A aposta na propriedade não enriquece ninguém, mas possibilita uma vida com dignidade. Na verdade estão obtendo melhores resultados aqueles que conseguem agregar valor à sua produção, como a agricultura ecológica ou a agroindústria caseira, evitando o envolvimento de terceiros na comercialização.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Ambientalista – Aepan-ONG
Fonte de dados: IBGE, Embrapa e Conab.
Publicado no Jornal Folha de Estrela.