Cardeal D. Aloísio Lorscheider
Ícone da Igreja Católica.
Por Airton Engster dos Santos
Dom Aloísio Arlindo Lorscheider nascido em Estrela a 8 de outubro de 1924 foi sacerdote frade franciscano e cardeal brasileiro, arcebispo emérito de Aparecida. Nasceu na Picada Geraldo Baixa. Foi batizado com o nome de Léo Arlindo Lorscheider. Desde a infância, manifestou o desejo de ser Padre. Foi quando ouviu de seu pai uma advertência que calou fundo "se vai ser padre, seja um bom padre ! do contrario melhor que fique em casa”.
Ícone da Igreja Católica.
Por Airton Engster dos Santos
Dom Aloísio Arlindo Lorscheider nascido em Estrela a 8 de outubro de 1924 foi sacerdote frade franciscano e cardeal brasileiro, arcebispo emérito de Aparecida. Nasceu na Picada Geraldo Baixa. Foi batizado com o nome de Léo Arlindo Lorscheider. Desde a infância, manifestou o desejo de ser Padre. Foi quando ouviu de seu pai uma advertência que calou fundo "se vai ser padre, seja um bom padre ! do contrario melhor que fique em casa”.
Foi ordenado a 22 de agosto de 1948, que chegou ao episcopado para a recém-criada diocese de Santo Ângelo em 1962, nomeado pelo Papa João XXIII, sagrado aos 20 de maio, aí permanecendo até a promoção e tranferência para a Arquidiocese de Fortaleza, como quarto arcebispo, em 26 de março de 1973.
Tomou parte como "padre conciliar" de todas as sessões do Concílio Vaticano II, de 1962 a 1965. Foi criado e publicado cardeal da Santa Igreja no Consistório de 24 de maio de 1976, pelo Papa Paulo VI, com o título de São Pedro "in Montorio", e como tal, tomou parte nos dois conclaves em 1978, que elegeram os papas João Paulo I e João Paulo II.
Foi secretário da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 1967 a 1971 e presidente de 1971 a 1979. Foi um momento muito difícil da nossa história, no auge do Regime Militar. A Igreja teve de tomar posições muito firmes na defesa da redemocratização, da anistia e da participação do povo nas decisões do País.
Foi também presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) de 1976 a 1979, assim presidindo a Terceira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em 1979, em Puebla, no México, e ainda presidente da Caritas Internacional.
Dedicou particular atenção ao clero, no qual procurou desenvolver um profundo sentido de comunhão eclesial e um singular impulso apostólico. A sua atividade junto aos organismos da Santa Sé foi intensa. Participou de todas as assembléias ordinárias do Sínodo dos Bispos, distinguindo-se nas suas intervenções devido à solidez da doutrina e à prudência pastoral. Em maio de 1995 foi transferido para a Arquidiocese
de Aparecida e ficou à frente da mesma até janeiro de 2004, quando da sua renúncia, tornando-se, assim, arcebispo emérito de Aparecida. Sagrou dez bispos e ordenou inúmeros sacerdotes.
Candidato a Papa:
Com apenas 54 anos, tornou-se o primeiro, e até hoje único, eclesiástico brasileiro candidato a papa. No pleito de 1978 que decidiu quem seria o sucessor de Paulo VI, perdeu para João Paulo I, que confessou ter votado em D. Aloisio. Informações não oficiais dão conta que se o novo papa não tivesse morrido 33 dias após sua eleição, teria nomeado o brasileiro para o cargo de secretário de Estado do Vaticano, o segundo posto mais importante da Cúria romana. Mais tarde, soube-se que o próprio D. Aloisio havia feito uma sofisticada articulação entre seus colegas para que não recebesse votos.
Humildade:
Dom Aloísio Lorscheider foi um frade muito simples. Circula entre os franciscanos que, no dia em que chegou a correspondência com a sua nomeação episcopal, dom Aloísio estaria lavando louça e teria dito que depois abriria o envelope.
Essa simplicidade é sua marca. Aliás, o cardinalato, que é considerado uma posição de poder, para dom Aloísio foi sempre um ato de serviço, de doação e de compromisso.
Dom Aloísio Lorscheider foi um frade muito simples. Circula entre os franciscanos que, no dia em que chegou a correspondência com a sua nomeação episcopal, dom Aloísio estaria lavando louça e teria dito que depois abriria o envelope.
Essa simplicidade é sua marca. Aliás, o cardinalato, que é considerado uma posição de poder, para dom Aloísio foi sempre um ato de serviço, de doação e de compromisso.
É muito importante dizer neste momento que estamos diante de um exemplo para as futuras gerações, porque o poder nunca lhe subiu à cabeça. Dom Aloísio sempre teve uma atitude humilde, respeitosa, de diálogo e de reconhecimento com os sacerdotes e com os fiéis nas dioceses em que trabalhou.
Foram atitudes assim que fizeram do cardeal uma unanimidade no coração do povo brasileiro.
Foram atitudes assim que fizeram do cardeal uma unanimidade no coração do povo brasileiro.
Especial sobre D. Aloísio:
Aepan-ONG auxiliou a TV Aparecida na montagem de um documentário especial sobre D. Aloísio que foi ao ar no dia de sua morte, em rede nacional. Foram feitas imagens em Linha Geraldo baixa, na escola municipal Pinheiro Machado, Igreja São Miguel, propriedades rurais, estrada de acesso e de parentes que moram na localidade. Também no centro de Estrela foram ouvidos parentes muito próximos do Cardeal, filmados o Rio Taquari, monumentos da praça e Santuário Santo Antônio.
No bairro Daltro Filho, do município de Imigrante, foram feitas imagens no Convento Franciscano São Boaventura onde D. Aloísio estudou com Padre Frei Gervásio Muttoni, ainda vivo com 84 anos, da casa onde residia a família e de pessoas conhecidas do religioso, ícone da Igreja Católica brasileira e Latina Americana.
D. Aloísio volta para casa:
Seu corpo foi velado na catedral de Porto Alegre e o sepultamento foi no Convento de Daltro Filho, a 130 km de Porto Alegre.
Ainda no dia 26 de dezembro, o corpo foi transladado para o Convento de Daltro Filho, São Boaventura, no município de Imigrante (RS), a 130 km da capital gaúcha. O sepultamento foi no dia 27 de dezembro de 2007, às 17h.
Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Imagens: Memorial da Aepan-ONG
Agradecimentos: Jorge Scherer e Belkis Carolina Calsa pelo apoio.
Matéria Publicada no Jornal Folha de Estrela.
Aepan-ONG auxiliou a TV Aparecida na montagem de um documentário especial sobre D. Aloísio que foi ao ar no dia de sua morte, em rede nacional. Foram feitas imagens em Linha Geraldo baixa, na escola municipal Pinheiro Machado, Igreja São Miguel, propriedades rurais, estrada de acesso e de parentes que moram na localidade. Também no centro de Estrela foram ouvidos parentes muito próximos do Cardeal, filmados o Rio Taquari, monumentos da praça e Santuário Santo Antônio.
No bairro Daltro Filho, do município de Imigrante, foram feitas imagens no Convento Franciscano São Boaventura onde D. Aloísio estudou com Padre Frei Gervásio Muttoni, ainda vivo com 84 anos, da casa onde residia a família e de pessoas conhecidas do religioso, ícone da Igreja Católica brasileira e Latina Americana.
D. Aloísio volta para casa:
Seu corpo foi velado na catedral de Porto Alegre e o sepultamento foi no Convento de Daltro Filho, a 130 km de Porto Alegre.
Ainda no dia 26 de dezembro, o corpo foi transladado para o Convento de Daltro Filho, São Boaventura, no município de Imigrante (RS), a 130 km da capital gaúcha. O sepultamento foi no dia 27 de dezembro de 2007, às 17h.
Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Imagens: Memorial da Aepan-ONG
Agradecimentos: Jorge Scherer e Belkis Carolina Calsa pelo apoio.
Matéria Publicada no Jornal Folha de Estrela.
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