Rio Taquari
Que eu te saúde, ó Taquari,
Filho mais lindo da mata virgem.
Sinto-me tão seguro, não sei como,
Desde que junto de ti, vim morar.
Do eterno e sombrio seio silvestre,
Que o homem nunca destruirá,
Tu lutas e te libertas, ó lindo e grandioso,
Desde o início dos tempos.
Sim, eternamente jovem, com força impetuosa,
Assim tu avanças em frente,
E ruges forte pelos peraus e matas,
Até chegar ao mar eterno.
Quando nas tuas margens parado estou,
Sinto o sopro do criador.
Quando olho para tuas correntezas,
Sinto também a tua imponência.
Desprezando-me da terra,
Da tristeza, prazer e aflição,
Mergulho nas tuas profundezas,
Refresco então, meu coração.
Por isso, brame e ondeia adiante,
Tu, ó formoso Taquari,
Melhor local para repousar a mente,
Jamais me esquecerei de ti.
Autor: Pe. Gustavo Locher – 24.05.1945
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