Alunos da La Salle aprendem a empreender com palestrantes
A acadêmica Aline dos Reis Oliveira (25) sonha com o dia que vai poder abrir uma empresa de decoração de festas. Ela faz um extra quando pode, mas no futuro quer se focar em inaugurar seu próprio negócio e trabalhar exclusivamente no segmento. Por isso, a palestra com a microempresária Susane Pacheco, dona do Mix Bazar de Teutônia foi importante para adquirir conhecimento. Na sexta-feira (25 de novembro), Susane narrou sua trajetória profissional, seus percalços e conquistas à frente do empreendimento para alunos da Faculdade La Salle. Aline não só estava entre os acadêmicos como ajudou a planejar o evento que trouxe a palestrante. Ela integrava o grupo Empreender no Comércio. “Estávamos atrás de alguém com perfil de liderança, que tivesse experiência empreendedora.” O nome de Susane Pacheco foi consenso entre a turma que se apropriou da história profissional dela para poder enriquecer a teoria da sala de aula.
O ato de organizar o evento, trabalhar em grupo, convidar palestrante e ouvir sobre sua rota profissional agregou valor e experiência ao time de acadêmicos que se esmerou para fazer um workshop interativo.
Foi o professor Marciano Bruch, da disciplina de “Empreendedorismo” quem lançou o desafio para os alunos organizarem-se em grupos e promover palestras com profissionais empreendedores. Assim, foi realizado um ciclo de palestras que começou no dia 18 de novembro e prosseguiu no dia 25. Os encontros ajudaram a aproximar profissionais que estão no mercado dos acadêmicos da Faculdade. “É importante a instituição fomentar o empreendedorismo entre os alunos. E a Faculdade desperta isso na maioria das disciplinas, as quais são direcionadas a incentivar o lado autônomo do acadêmico”, afirma Aline.
Outra aluna, Claudete Fátima dos Santos de Azevedo (18) ajudou a montar uma mesa-redonda em que cinco debatedores discutiram sobre a tecnologia do vitelo tropical. Seu grupo, intitulado Empreender no Agronegócio, convidou pessoas-chaves que pudessem contribuir com o debate e de quebra, recebeu tarimba e aprendizado. “Foi bem interessante a iniciativa que os professorem tomaram porque assim ajudaram os alunos a se inteirarem do que está acontecendo no mercado e o que a gente pode fazer para inovar.” Ela diz que tais ações são importantes para estimular o universitário a obter autonomia para empreender.
O grupo do vitelo tropical teve um trabalho mais extenso. Afinal, teve que convidar cinco lideranças do Vale para debater o assunto que por si só não é um tema simples. O líder da equipe, Huberto Paulo Barth faz questão de esclarecer a temática. “O vitelo tropical é uma tecnologia existente para fazer o aproveitamento dos bezerros machos da origem leiteira. Esses bezerros são descartados no Brasil, mas poderiam ser aproveitados para a produção de carne. Isso propiciaria mais retorno econômico para os produtores de leite.”
Barth é empolgado pelo assunto e diz que essa tecnologia exige uma visão empreendedora, daí, sua escolha. Esclarece que a temática foi pesquisada pelo grupo que se engajou para poder levar ao público, um evento significativo. “Tive a felicidade de encontrar pessoas aptas a entender o projeto. Todos os integrantes do grupo tiveram participação no evento. Essa experiência traz um enriquecimento que ultrapassa a sala de aula. Quando sairmos da Faculdade, é o ambiente prático, de negociação, que vamos encontrar.”
Para Barth, os professores da La Salle incitam a mudança. “Eles despertam nos alunos o sentimento criador, de querer fazer. Capacitam não somente para trabalhar como funcionário, mas para ser proativo e empreender dentro da empresa em que estão inseridos.”
Para o professor Marciano Bruch, o ciclo de palestras organizado pelos alunos foi altamente satisfatório. Eles conseguiram superar as expectativas do corpo docente. “Escolheram a dedo os profissionais palestrantes e tiveram vivências que vão levar além da sala de aula.”
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