Sedesth
Aumenta oferta de vagas de empregos na Assistência Social de Estrela
Um início de ano atípico em Estrela: cresce a oferta de vagas de empresas do município que procuram por trabalhadores na Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação
Leandro Luis da Silva acabou de ganhar um emprego “novinho em folha” por intermédio da Secretaria Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação (Sedesth) de Estrela. Há poucos dias foi contratado por uma fábrica de embalagens como operário de máquina. Antes, ele passou por treinamento de integração e segurança para conhecer as máquinas e o contrato de trabalho propriamente dito ocorreu há dois dias. A Sedesth tornou o processo do emprego mais rápido. “Fui à Secretaria em um dia e no seguinte já estava encaminhado.” Mesmo sem experiência em operação de máquinas, foi admitido e agora quer galgar os degraus profissionais dentro da organização para garantir o futuro da sua família. “Planejo crescer dentro da empresa na medida em que aprender a mexer com as máquinas, quero uma carreira. Estou muito feliz, aprendo rápido.”
Assim como Silva, dezenas de pessoas estão sendo encaminhadas pela Sedesth para vagas de emprego. A Secretaria de Estrela mantém um banco de currículos que é procurado pelas indústrias e setor de serviços. Há estrelenses, haitianos, argentinos e Portadores com Deficiência (PCD) oferecendo-se para trabalhar e na outra ponta, empresas estão ansiosas por profissional com o perfil adequado para as vagas. “Há muitas empresas interessadas no nosso banco de currículos e desde o início do ano a oferta de vagas praticamente dobrou”, informa a assistente social Tatiana Oliveira, coordenadora da Sedesth.
Indústrias de alimentação, embalagens, transportes e supermercados contatam a Secretaria para requerer currículos e solicitar indicações. “Intermediávamos pessoas para duas empresas em média, por semana, agora cresceu para quatro. É atípico porque em início do ano as contratações não são usuais”, informa Tatiana.
Pronatec abre portas
O fato de a oferta de vagas ter crescido evidencia dois fatores, o primeiro: indústria, comércio e metalurgia estão buscando colaboradores porque a mão de obra está escassa. Segundo: O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) é uma porta de oportunidade, porque a qualificação eleva as chances de contratação. “Muita gente foi efetivada depois de ter feito os cursos do Pronatec em Estrela. Em razão da certificação, temos encaminhados soldadores, operadores de empilhadeiras e, sobretudo, cuidadores de idosos. O Pronatec traz profissionalização, as empresas sentem-se seguras com isso. Hoje, temos vagas abertas para mecânicos”, informa Tatiana.
Psicólogo
A maior oferta de vagas da Sedesth é encaminhada para a população do Bolsa Família, público que está em situação vulnerável. A Sedesth quer despertar neles o interesse pelo trabalho para que possam se emancipar do benefício. “Para estas pessoas, nós fizemos o currículo e as encaminhamos às empresas. A diferença é que antes precisávamos ir em busca de colocação, hoje as empresas nos ligam oferecendo vagas”: vigia, auxiliar administrativo, camareira de hotel, telefonista, empregada doméstica, enfim uma infinidade de funções que sobram por falta de gente apta a fazê-las no mercado.
A Sedesth articula medidas para que as vagas sejam melhores aproveitadas pelo público do Bolsa Família e a partir de março começará a traçar o perfil do beneficiado que melhor se encaixe nas funções disponíveis. “Será contratado um psicólogo para fazer a seleção de perfil dos inscritos no Pronatec. Ele terá como missão perceber a área em que eles mais gostam de atuar para que assim ele possa ser encaminhado ao trabalho e obter sua autonomia”, explica Tatiana. A idéia é abrir o interesse para essas pessoas terem salário e não apenas um benefício do governo por tempo indeterminado. “Queremos mostrar a eles as vantagens de ter uma função com carteira assinada.”
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