Estrelal/RS – Na sexta-feira dia 26 de agosto de 2016, a CACIS promoveu Reuniâo Almoço, com palestra proferida por André Nunes de Nunes, economista-chefe do Sistema Fiergs/Unidade de Estudos Econômicos.
Ao falar sobre “Perspectivas da economia para os próximos quatro anos”, ele abordou questões sobre o cenário internacional, brasileiro e gaúcho e proporcionou uma reflexão sobre os rumos da economia e de que forma o setor empresarial poderá ser afetado.
Os secretários Henrique Lagemann e José Adão Braun participaram do evento.
Segundo Nunes, realizar grandes reformas no Brasil, como é o caso da Previdência, requer muita capacidade de diálogo e de negociação.
Por outro lado, a melhora nas expectativas com relação ao futuro é elemento para o início de uma trajetória de crescimento e de investimentos nos próximos anos. Para isso, é necessário sinalizar com medidas que apontem para o equilibrio das contas públicas, bem como o controle da inflação.
A trajetória das contas públicas aponta para um crescimento da dívida pública que, segundo o FMI, deve ultrapassar a marca de 90% do PIB em 2019. As consequências de uma dívida elevada são inflação e juros mais altos, o que penaliza a realização de investimentos e a geração de empregos.
Para o governo alcançar a sustentabilidade financeira será necessário mais do que um ajuste nas despesas, mas também uma mudança na estratégia que norteia as políticas públicas.
Estamos trabalhando com a possibilidade de uma queda no PIB para este ano. A taxa de inflação, medida pelo IPCA, deve ficar em cerca de 7,5% neste ano e abaixo de 6,5% em 2017.
O comportamento do dólar vai depender, fundamentalmente, dos movimentos da política monetária norte-americana.
Nunes disse que a expectativa de enxugamento da liquidez internacional diminuiu e o dólar apresentou uma desvalorização em relação às principais moedas do mundo. No caso do Real, além desse impulso internacional, o otimismo do mercado em relação à nova equipe econômica foi um elemento que acentuou essa tendência.
O próximo ano tende a ser melhor do que este. O número de incertezas no horizonte dos agentes econômicos tende a diminuir. Mas ainda não temos elementos para acreditar numa recuperação vigorosa.
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