ESPETÁCULO EU ESTIVE AQUI NA 7ª MOSTRA DE DANÇA UNIVATES
Espetáculo de dança contemporânea sucesso no Brasil e no exterior foi coreografado pelo bailarino escocês Mark Sieczkarek e conta com trilha sonora de Cordel do Fogo Encantado, Caetano Veloso e Naná Vasconcelos.
Dia 7 de novembro, a partir das 21h, no Teatro do Centro Cultural Univates, em Lajeado/RS
Foto em alta resolução com a Assessoria de Imprensa. Crédito: Gabriela Paludo Sulczinski
Um pandeiro ritmado que misteriosamente conecta um figurino elegante ao cenário inspirado na flora brasileira. Eu Estive Aqui,espetáculo da Porto Alegre Cia de Dança criado pelo coreógrafo e bailarino escocês Mark Sieczkarek, deixa um desejo de quero mais suspenso no ar. Com direção artística de Tânia Baumann, a montagem encerra a programação da “7ª Mostra de Dança Univates”, que acontece em Lajeado no dia 7 de novembro, no palco do Teatro do Centro Cultural Univates (Rua Avelino Talini, 171, bairro Universitário). O evento, com entrada franca, inicia com a Mostra Infantil das 14h às 17h e segue com a Mostra Juvenil/Adulto, das 19h30min às 22h30.
A obra, inspirada na observação da eterna e infrutífera tentativa humana de aprisionar o tempo, estreou em 2010 em Wuppertal (Alemanha), cidade sede do Tanztheater da importante coreógrafa Pina Bausch. São 50 minutos de um ritual mágico e hipnótico, embalado pelo Cordel do Fogo Encantado, Caetano Veloso e Naná Vasconcelos. No palco, painéis translúcidos também convidam a um mergulho sensorial, induzido pelas trocas de luz.
Com mais de 30 obras já apresentadas em quase todos os países europeus, o artista escocês trabalhou de 1985 a 1988 sob direção de Pina Bausch. Em Eu Estive Aqui, sua segunda coreografia para a companhia gaúcha, ele misturou alegria e intensidade, resgatando componentes do balé, com deslocamentos simétricos e precisos, e incluindo signos universais que lembram o folclore brasileiro e a dança oriental. Sieczkarek assina ainda a concepção do figurino e a produção do cenário pintado à mão.
Eu Estive Aqui aponta para o eterno que há em cada instante e traz para o palco a intensidade do momento presente, tão presente na dança, efêmera por natureza. Um traço inédito na cena mundial que provoca no público a vontade de subir no palco e se entregar à dança.
No espetáculo temos um aprofundamento da busca humana, independentemente de local e tempo. A vontade de perpetuar o momento, que quando representado, já não existe mais. São movimentos que remetem a uma língua oculta, talvez ancestral, repleta de significados desejosos por comunicar a impossibilidade de compreender. Uma incompreensão que muitas vezes gera o impulso por deixar uma marca, ainda que seja uma cicatriz no planeta, um grito estático: eu estive aqui!
A estreia nacional do espetáculo aconteceu com sucesso de crítica e público na capital gaúcha em 2013, quando também percorreu Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis.
Cenário e figurino
Foram concebidos para dar ao espetáculo uma atmosfera que remete o espectador à sensação de comunhão com a natureza e para que ele possa, ao final, sentir ter participado de um ritual mágico.
O cenário é composto por quatro painéis de 6m de altura por 10m de largura que compõem uma caixa cênica, delimitada da ação. São 240m² pintados à mão pelo artista polivalente Mark Sieczkarek, em colaboração com apoiadores da Cia de Dança. A representação de flores e sementes remete à diversidade da flora brasileira e esta harmonia cria um contraste com as marcas deixadas pelas pessoas. A textura translúcida dos painéis facilita mergulhos sensoriais, induzidos pelas trocas de luz.
Os figurinos seguem o mesmo padrão do cenário, representando a harmonia existente entre as pessoas e o meio. Um organismo vivo de constante troca, que influencia e é influenciado por seus seres. Concebidos pelo também estilista Mark Sieczkarek e por Tânia Baumann, foram viabilizados e produzidos a partir das soluções criativas da profissional Neusa Guidotti.
Música e Iluminação
A trilha sonora foi resultado de pesquisa interativa entre os movimentos que surgiam e as batidas marcadas da percussão. Sieczkarek comenta que aprendeu a língua portuguesa de tanto gostar e ouvir música brasileira. Seu conhecimento se mostra profundo quando ele nos apresenta músicas de Caetano Veloso, até mesmo pouco conhecidas do grande público. O tema do espetáculo foi criado com uma sequencia de repetições da música “Os oim do meu amor” do grupo pernambucano Cordel do Fogo Encantado. Ainda estão presentes Naná Vasconcelos e músicas de fusão com ritmos cubanos e brasileiros. Essa seleção é costurada pela batida brasileira do pandeiro. Uma trilha envolvente que interage com a dança provocando uma imersão do espectador.
Do escuro surge uma luz-contra intensa e a leveza do movimento projetado como sombra chinesa vai introduzindo a forma. Sombra e luz. Preto e branco. A batida do pandeiro dinamizando o gesto que vai se destacando das folhas e flores do cenário e figurino. Uma luz que a tudo integra e expõe as particularidades, trazendo os bailarinos para o primeiro plano e integrando-os ao cenário. As pequenas variações de cores e texturas vão pontuando o desenrolar da dança e marcando as mudanças do clima. O design da luz, assinado por Maurício Moura, é mais uma evidencia da integração da equipe e da visão única da estética sugerida.
Sobre a diretora - Tânia Baumann
Fez formação em ballet na Escola João Luiz Rolla em Porto Alegre. Aperfeiçoou-se na Escola Estatal de Ballet Clássico de Kiev, Ucrânia, de 1989 a 1990 e dançou no Ballet de Camaguey e Ballet Nacional de Cuba de 1993 a 1994. Em 1997 foi bolsista da CAPES no primeiro ano do projeto APARTES. Estudou dança moderna durante um ano em Nova Iorque na Trisha Brown Company e Movement Reasearch. Atuou como bailarina por 15 anos na Cia Terpsí em Porto Alegre. Em 2000, foi convidada a dançar no espetáculo montado para representar o Rio Grande do Sul na Expo 2000 em Hannover, Alemanhã. Em 2004, trabalhou com crianças como oficineira de dança do Projeto Descentralização da Cultura, da Prefeitura de Porto Alegre. Em 2005 foi contratada como assistente de coreografia do Ballet do Teatro Castro Alves, Salvador (BA). Neste ano formou-se instrutora em Gyrotonic, técnica de condicionamento corporal criada por Juliu Horvat. Fez formação como Educadora-Brincante em 2007, no Teatro Escola Brincante dirigida pelo multiartista Antônio Nóbregal. Neste mesmo ano, junto a personalidades do meio artístico e cultural da cidade, criou a Porto Alegre Cia de Dança.
Sobre o coreógrafo - Mark Sieczkarek
Nasceu em 1962, em Inverness, Escócia. Entre 1973 e 1981, estudou no Royal Ballet School, em Londres. Entre 1983 e 1985, dançou no grupo Penta Theater de Rotterdam e nos anos 1985-1988, no Tanztheater Wuppertal, dirigido por Pina Bausch. Desde 1988 trabalha como bailarino e coreógrafo autônomo. Criou diversas coreografias em parceria com o Folkwang Tanzstudio da cidade de Essen, a Deutsche Oper am Rhein em Dusseldorf, Kampnagel de Hamburg, o Tanzhaus NRW, o Choreographisches Zentrum em Essen. Fundou, em 1998, sua própria Companhia e em 2001 tornou-se coreógrafo do Ringlokschuppen em Mulheim an der Ruhr.
Sobre a Porto Alegre Cia de Dança
A Porto Alegre Cia de Dança é um projeto consolidado que surgiu da união de forças criativas e representativas da comunidade, entre artistas, pensadores, técnicos e executivos. Ela é marcada por forças convergentes, tanto da iniciativa privada como do poder público, trabalhando com determinação para viabilizar este modelo de Companhia.
Desde o princípio, a atuação da Porto Alegre Cia de Dança tem se pautado por duas premissas: independência artística e gestão autônoma. Ao buscar independência artística, a Companhia opta por não ter um coreógrafo residente e dançar a diversidade, através das mais atuais linguagens contemporâneas desenvolvidas por criadores do Brasil e do mundo, sob orientação e visão estética da diretora artística. Essa interação se dá através de intercâmbios, instrumento central, utilizado também para promover trocas entre bailarinos, compartilhar entre técnicos, visando à ampliação de suas capacidades e a criação de novas referências. A profissionalização da dança em Porto Alegre é essencial para que a Companhia possa transitar em meios de excelência artística. Ponto de partida ao pretender com a arte a inovação, emoção com uma comunicação simples e universal.
Ao trabalhar com uma gestão autônoma, a Companhia busca os recursos financeiros para sua manutenção através de projetos de fomento à cultura tanto no âmbito público como privado. Gerindo com eficiência e transparência faz uso, também, da exploração comercial, na medida em que a marca vai se tornando conhecida, ganhando valor e ampliando um público já apaixonado. O planejamento e a gestão estão focados na auto-sustentação, independência financeira que virá através de livres relações de mercado. Conceber e gerir um projeto cultural exige equipe multidisciplinar, automotivada e engajada no sonho de construir uma companhia de dança classe mundial com DNA porto-alegrense.
A Porto Alegre Cia de Dança é a sobreposição de interesses públicos e privados, atuando em harmonia para o desenvolvimento da dança e difusão da cultura brasileira desta região.
FICHA TÉCNICA
Eu Estive Aqui
Direção Artística: Tânia Baumann
Coreografia: Mark Sieczkarek
Cenário e Figurinos: Mark Sieczkarek, Safia e Mahendra
Confecção de Figurinos: Neusa e Cleusa Guidotti
Direção Técnica e Operação de Som: André Birck
Design e Operação de Luz: Maurício Moura
Coordenação de Audiovisual: Bruno Polidoro
Trilha Musical: Mark Sieczkarek
Elenco:
Carolina Silvestre
Gabriela Paludo
Julia Ribeiro da Silva
Lívia Auler
Luiza Silveira Karnas
Pablo Torres
Safia
Thiago Rieth
Músicas:
Cordel do Fogo Encantado – Os Oim do Meu Amor
Caetano Veloso – Guá e Tudo, Tudo, Tudo
Naná Vasconcelos – Dons’ Rollerskates
Projeto Gráfico: Mahendra
Coordenação do Projeto: Renato Mesquita
Assessoria de Imprensa: Andressa Griffante
Realização: Porto alegre Cia. de Dança
SERVIÇO
EU ESTIVE AQUI na 7ª Mostra de Dança Univates
Dia 07 de novembro
Sexta-feira, a partir das 21h
Teatro do Centro Cultural Univates (Rua Avelino Talini, 171, bairro Universitário - Lajeado/RS)
Horários das apresentações da 7ª Mostra de Dança Univates:
07/11
Mostra Infantil - das 14h às 17h
Mostra Juvenil/Adulto - das 19h30min às 22h30min
ENTRADA FRANCA
Mais informações sobre a Mostra de Dança Univates podem ser obtidas com o Núcleo de Cultura e Eventos da Univates, pelo telefone(51) 3714-7000, ramal 5945, ou pelo e-mail nucleodecultura@univates.br.
Informações e fotos para a imprensa:
Andressa Griffante – (51) 9219-6098
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