Os 100 primeiros dias do Governo Carlos Rafael Mallmann em Estrela


Estrela - Carlos Rafael Mallmann emagreceu na campanha eleitoral. Vitorioso no pleito, o prefeito ainda não conseguiu recuperar o peso. É porque a caminhada prossegue nas ruas, no meio da população. Em cem dias, ele acredita ter atendido, formalmente, mais de 1,5 mil pessoas, fora aquelas que o abordam em suas “horas de lazer”. Rafael já criou programas, integrou a comitiva que convidou o governador Tarso Genro para o Festival do Chucrute, recepcionou com flores e café da manhã as servidoras no Dia da Mulher, vistoriou obras, saiu em passeata vestindo camiseta contra a violência. Em dez dias de gestão, confirmou a conquista de uma fábrica de água mineral no valor de R$ 6 milhões. 
Mallmann também criou secretaria na área do Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação. Decidiu lutar por verbas para ampliar posto de saúde e terminar o Centro Cultural. O prefeito endureceu quando lixo intoxicou funcionários na usina de tratamento e ameaçou cortar a coleta. Ele também foi a Brasília, oportunidade em que peregrinou pelos ministérios em busca de verbas. Pensou ainda em turismo: quer reabrir a escadaria do antigo Complexo Polar. Paralelamente a isso, enfrenta o problema de falta de maquinário para executar os serviços urbanos e a ausência de vagas nas creches. Na Saúde, as grandes pedras no caminho: faltam médicos e medicamentos. Mas, segundo Mallmann, o estoque de remédios deve ser normalizado. Até que a burocracia vai sendo vencida e as coisas se resolvam, Mallmann vai colocando em prática as ideias do projeto que há mais de 16 anos espera para executar - ele tentou quatro vezes eleger-se prefeito de Estrela.

O Informativo - Que avaliação faz dos primeiros meses de governo?
Mallmann - Nos primeiros cem dias, a gente tratou da organização interna da nossa Administração e focamos os serviços básicos, como recolhimento do lixo, limpeza urbana, iluminação pública. Paralelamente, iniciamos trabalho para colocar Estrela nos programas federais, o que nos tomou muito tempo, porque a maioria dos cadastros encerrou-se no dia 5 de abril. Isso demandou muita organização da equipe, que teve de apontar as necessidade de cada secretaria e buscar projetos em cada área.

O Informativo - Até o momento, o que foi mais complicado?
Mallmann - Não ter conseguido ainda resolver todos os problemas na área da saúde. A falta de médicos nos postos é bastante complicada. Tínhamos cinco médicos, funcionários do governo federal, que atuavam no município e se aposentaram. Outros contratos foram encerrados no fim do ano, e tivemos dificuldade grande. Também assumimos o governo com a Farmácia Básica praticamente sem estoque de remédio. Tocamos o trâmite burocrático para fazer licitação e, nos próximos dias, estará sendo normalizado o fornecimento de remédio. Já queria estar com essas questões funcionando, mas não podemos descumprir as regras legais. Para mim, o mais pesado e doído foi ver a população indo ao posto e saindo sem atendimento decente.

O Informativo - Qual o diferencial do seu governo?
Mallmann - O mais prazeroso foi abrir o gabinete para receber a população. Temos recebido, em média, 500 pessoas por mês. Talvez não tenhamos conseguido dialogar o suficiente, mas estamos fazendo o possível. O prefeito é um só, tem a parte burocrática e a parte gerencial para resolver, mas abrimos, e muitos vieram. Essa vai ser a dinâmica do governo. Talvez ainda não tenhamos conseguido atender todos, mas por absoluta falta de tempo. O vice, Valmor (Griebeler), tem me ajudado muito nisso.

O Informativo - Que ações focará agora?
Mallmann - O programa da Ouvidoria está praticamente pronto. Vamos abrir um canal direto entre a Administração e a comunidade por meio do site, do 0800 e de um espaço físico para as pessoas fazerem reclamação, sugestão, solicitar serviço. Também, desde segunda-feira, começou o planejamento estratégico, com rodada de reuniões com os secretários e todos os servidores para identificar, de forma bem clara, quais os pontos positivos e negativos para trabalhar e buscar soluções. E o terceiro é a articulação do governo na busca dos recursos federais.

O Informativo - Que notícia você tem para os estrelenses? 
Mallmann - Estrela vai se desenvolver muito com a duplicação da BR-386 e as obras na Rota do Sol. Somos a bola da vez no Vale do Taquari. As indústrias estão se transferindo para cá. Já recebemos mais de 50 pedidos de empresas querendo se instalar aqui, mas estamos fazendo uma avaliação criteriosa. Não queremos empresas que gerem só emprego, mas que tragam renda para o município e para os trabalhadores. Daqui a seis anos, a projeção é de que o município duplique o PIB só com o investimento que a Camera fará.

Matéria Jornal O Informativo do Vale
10 de abril de 2013

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