D. Pedro I |
D. Leopoldina |
José Bonifácio |
Indedência do Brasil |
O Brasil deixou a condição colonial em 1808, quando se tornou sede da Monarquia portuguesa. O fim dos monopólios beneficiou o capitalismo industrial inglês e os grandes produtores coloniais. A burguesia portuguesa ficou insatisfeita com a perda dos privilégios. Queria o restabelecimento da antiga situação colonial no Brasil. As exigências das Cortes portuguesas iriam desencadear o processo de independência do Brasil.
O movimento emancipacionista no Brasil foi articulado pela aristocracia rural, pela maçonaria e pela imprensa oposicionista.
Foi no eixo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro que as idéias mais se difundiram, através de jornais e panfletos. Desde o início do século XIX vinham insuflando a oposição a Coroa lusa e pregando a república. Seus principais redatores procuravam em seus artigos, incentivar a população e o próprio D. Pedro I a buscarem a independência.
A força política da maçonaria era representada por figuras importantes no processo de independência, como, Gonçalves Ledo, Januário Barbosa, José Bonifácio que chegou a ser eleito Grão-Mestre do Grande Oriente Maçônico.
A independência era inevitável. A presença de D. Pedro I como imperador, manteve a unidade territorial e garantiu a estrutura sócio-econômica advinda do período colonial.
Praticamente o Brasil foi a única nação da América Latina a adotar o regime monárquico, não sendo, portanto revolucionária.
O Grito do Ipiranga em 7 de setembro de 1822, não significou o fim das tensões sociais e políticas. Havia muitas situações a serem resolvidas. As províncias do Norte e do Nordeste eram dominadas pelos portugueses que não aceitaram facilmente a independência, e os grandes proprietários de terras queriam participar do poder.
Conquistar a emancipação definitiva da nação, ampliar o significado de independência seria tarefa relegada aos pósteros.
Desfecho da Independência
No dia 7 de setembro de 1822 o Brasil tornou-se um país livre dos domínios de Portugal, após ser declarada sua independência, pelo príncipe regente. Às margens do rio Ipiranga, D. Pedro recebeu várias correspondências de Portugal, onde seu pai anulava os decretos que havia criado e ordenava sua volta ao país. Mas entre os documentos estavam cartas de sua esposa, D. Leopoldina e de José Bonifácio, que o aconselharam a proclamar a independência.
Em seu discurso, D. Pedro disse: “brasileiros, as cortes de Lisboa querem escravizar-nos. De hoje em diante nossas relações estão quebradas. Nenhum laço nos une mais. Estamos separados de Portugal”. E erguendo sua espada gritou: “independência ou morte!”.
Curiosidade - D. Leopoldina – 1ª Mulher a Governar o Brasil
Quando o marido, príncipe regente, viajou a São Paulo em agosto de 1822, D. Leopoldina exerceu a regência. Grande foi sua influência no processo de independência. Os brasileiros já estavam cientes de quePortugal pretendia chamar D. Pedro de volta, rebaixando o Brasil outra vez ao estatuto de simples colônia.
D. Pedro entregou o poder a D. Leopoldina a 13 de agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com poderes legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar São Paulo.
A imperatriz envia-lhe uma carta, juntamente com outra de José Bonifácio, além de comentários de Portugal. Ela exige que D. Pedro proclame a Independência do Brasil e, na carta, adverte: "O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece".
Texto – Airton Engster dos Santos
Fonte – Documentos acervo do Memorial da Aepan-ONG
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