Resumo Histórico de Estrela - Rio Grande do Sul

Resumo Histórico de Estrela-RS


Foi criada colônia do município de Taquari em 1856; Freguesia em 2 de abril de 1873; instituída canonicamente em 11 de agosto de 1873. Elevada a categoria de Vila por Lei Provincial em 20 de maio de 1876, sendo instalado município em 21 de fevereiro de 1882.


O ato de 9 de maio de 1882 criou uma delegacia de polícia Na Vila Santo Antônio da Estrela.


O primeiro vigário da freguesia foi o padre Francisco Schleipen, que celebrou a primeira missa em 24 de agosto de 1873.


A instalação da Vila foi feita pelo presidente da Câmara Municipal de Taquari João Caetano Pereira, que deu posse aos vereadores eleitos: Henrique Theodoro Rohenkohl, Patrício Antônio Rodrigues, Jorge Carlos Lohmann, Tristão Gomes da Rosa, Miguel Ruschel, Bento Manoel de Azambuja e Luis Paulino de Moraes.


Em 7 de janeiro de 1887 tomou posse a segunda legislatura ficando assim constituída: Bento Manoel de Azambuja, Henrique Theodoro Rohenkohl, Patrício Antônio Rodrigues, Adolpho Martins Ribeiro, Joaquim Alves Xavier, Pedro Schneider e Antônio Victor Menna Barreto.


Com implantação de novo regime, foi organizada uma ajunta administrativa constituída pelos cidadãos Luiz Paulino de Moraes, Jacob Schiller e Luiz Jaeger que tomou posse em 13 de janeiro de 1890.


Substitui-a nova junta, formada pelos cidadãos Bento Rodrigues da Rosa, Henrique Hamerle e Luiz Jaeger.


Do presidente da junta, Rodrigues da Rosa, partiu a iniciativa de conseguir do Estado a adoção da bandeira da República Rio-Grandense.


Em 15 de outubro de 1891, foi eleito o primeiro conselho que deveria organizar o município, fazendo parte do mesmo: Julio May, Jacob Schenke, , Henrique Arnt, Nicolau Gerhardt, João Ubaldo Nery, Jacob Wiedt e Miguel Ruschel.


Texto: Airton Engster dos Santos

Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa



Estrela-RS - Comunicações na década de 1920:


Comunicações na década de 1920:


O município contava com estação telegráfica na Vila de Estrela, centro telefônico e agência de correio na Vila e em Pinheiro Machado, Roca Sales e Corvo.


Jornais


Na Vila de Estrela se publicou durante algum tempo o jornal “O Regional”. Em 1922 publicavam-se os jornais “Correio da Estrella” e “Estrellense”.


Texto: Airton Engster dos Santos

Colaboração: Jorge Scherer, Belkis Carolina Calsa e Lilia Ruwer


Aspectos Sociais de Estrela-RS – Década de 1920

Aspectos Sociais de Estrela – Década de 1920:


Educação

O município de Estrela contava nesta época com grande número de aulas, públicas e particulares com uma população escolar superior a 2.000 alunos.


Dentre os colégios particulares destacava-se o Santo Antônio que era dirigido por freiras.


Sociedades:


Já nesta época havia grande número de sociedades recreativas, literárias, canto e música, tais como: Sociedade Ginástica, Sociedade Musical Santa Cecília, Foot-ball, Sociedade de Tiro Brasileiro, Comunidade Católica de Estrela, Socieda Evangélica de Estrela, Deuttscher Sängerbund, Gesangverein Frohsinn, Gesanverein Eintracht, Gesangverein Brudersinn, Gesanverein Lyra Misst, Deutsche Gemeinde Teutônia Nord, Bauern-Verein Estrelenser, etc...


População e Edificações:


Em 1900, o município de Estrela contava com uma população de 15.923 habitantes; Em 1921 existiam 22.938 habitantes.


O número de prédios em 1918 era de 3.400 e em 1921 subiu para 3.600 em todomunicípio.


Vila de Estrela na década de 1920:


A Vila de Estrela contava com as seguintes ruas na década de 1920:

Dr. Júlio de Castilhos,

Dr. Borges de Medeiros,

Senador Pinheiro Machado,

Coronel Thomaz Flores,

Dr. Fernando Abbott,

Tiradentes, Venâncio Aires,

Chachá Pereira,

13 de Maio,

Marechal Deodoro,

Dr. Tostes,

Ernesto Alves,

15 de Novembro,

Marechal Floriano,

Geraldo Pereira,

Coronel Müssnich,

Campos Salles,

Joaquim Nabuco,

Rio Branco,

General Osório

Dr. Carlos Barbosa,


Texto: Airton Engster dos Santos

Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa


Dados Gerais da Vila Estrela – Sede do município fim século XIX início século XX:



Dados Gerais da Vila Estrela – Sede do município fim século XIX início século XX:

O número de prédios era de 90 em 1888; 184 em 1911; 225 em 1913; 300 em 1921.


A população da Vila Estrela era de 1.057 habitantes em 1911; de 2.088 em 1921.


Os principais edifícios no início do século XX eram: Igreja Matriz Santo Antônio; Intendência Municipal; Sociedade Ginástica; Colégio Santo Antônio; estabelecimento comercial de Mathias Schneider; Casa de Saúde fundada pelo Dr. Campelli, fábrica de cerveja de Kortz & Dexheimer; Usina Elétrica de Ruschel e Irmãos; fábrica de sabão Costa & Cia; fundição Wirtz & Cia.


A Vila Estrela contava com estação telegráfica e centro telefônico municipal, agência do correio.


Era iluminada pela firma de Ruschel e Irmãos.


A Vila Estrela era progressista, industrializada, movimentada com ótimas edificações, bons hotéis, duas grandes clínicas com hospitais e farmácias, porto de grande movimento, uma bela localidade de colonização alemã.


As ruas centrais eram bem cuidadas, algumas já calçadas com pedras e passeios de laje.


Uma bonita praça bem arborizada chamada Benjamin Constant. No largo da praça ficava a Intendência Municipal, Igreja Matriz Santo Antônio, hotéis, bancos, casas comerciais, cafés, bilhares, barbearias, etc...


O comércio da Vila era representado por importantes casas e indústrias de tecidos, fundição, sabão, cerveja, móveis, caramelos, café, etc...


As maiores construções eram a Sociedade Ginástica e Colégio Santo Antônio.


A Vila de Estrela era muito movimentada com pessoas chegando diariamente em sua grande parte para atendimento nas clínicas especializadas existentes na localidade.

Os cinco hotéis existentes na Vila Estrela estavam sempre lotados, provando desta forma a grande presença de forasteiros.


O lugar era muito aprazível com população alemã e teuta era ordeira, laboriosa e progressista.


Texto: Airton Engster dos Santos

Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa.

Estrela - Rio Grande do Sul - Comércio e Indústria na década de 1920 - Século XX


Comércio em Estrela-RS nos Anos 1920-1930


O comércio era próspero contado o município nesta época com mais de 150 casas comerciais, com um total superior a 4.500 contos de réis de capital.


Os principais estabelecimentos eram: Mathias Schneider, Luiz Müssnich, José Luiz Ruschel, Leopoldo Dreyer, Albino Closs entre outros...


Estrela era considerado em centro industrial


Contava na década de 1920 com os seguintes estabelecimentos industriais: fábrica de sabão e sabonete Costa; fábrica de Móveis Nils & Cia; fábrica de Cerveja de Kortz & Dexheimer; moinho Ruschel e Irmãos; oficinas mecânicas de Otto Thimming e Bruno Schwertner; fábrica de licores de Kortz & Cia; fábrica de licores e vinagres de Reinoldo Schwambach; fundição de Wirtz & Cia; fábrica de banha de Albino Closs e Cia; diversos moinhos, serrarias, fábricas de laticínios. Possuía na época 53 fábricas com um capital de 1.207:114$500 e uma produção avaliada em 2.512:955$000.


Compra e venda de produtos:


Os principais produtos exportados eram: banha, milho, feijão, alfafa, farinha de mandioca, lentilha, favas, carne de porco etc.


Importava produtos manufaturados, ferragens, louças, açúcar, sal, querosene, gasolina, etc...


Meios de transporte:


O município possuía um sistema de navegação sendo que os portos de Estrela eram diariamente visitados por vapores, gasolinas, e outras embarcações.


Varias eram as estradas para carroças ligando o município aos distritos e outras cidades vizinhas.


Receitas de Estrela:


A riqueza pública em 1920 foi avaliada em 33.462:000$000.


As rendas do município atingiram em 1918 a 169:086$000, em 1922 calculada em 300:000$000. Existiam na época 2.500 contribuintes.


Texto: Airton Engster dos Santos

Colaboradores: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa


Produção agrícola e animal – Estrela-RS – Década 1920


Produção agrícola e animal – Estrela – Década 1920


O município de Estrela ocupava uma superfície de 75.000 hectares em 1920.


A área tributada atingiu 72.689 hectares, no valor venal de 10.617:780$000, contando 3.695 contribuintes.


A agricultura representava maior fonte de riqueza do município.


O Censo Agrícola de 1920 apurou os seguintes dados:


Produção Agrícola:

696.060 sacos de milho,

40.286 sacos de feijão,

16.205 sacos de trigo,

2.824 sacos de arroz,

2.183 sacos de cevada,

2.020sacos de centeio,

4.200 sacos de aveia,

8.150 sacos de amendoim,

85.240 sacos de batata inglesa,

3.520 sacos de favas,

1.525 sacos de lentilhas,

302.120 sacos de farinha de mandioca,

1.250 arrobas de fumo.


Produção Animal:

23.858 bovinos,

11.601 Equinos,

2.105 muares,

232.518 suínos,

925 ovinos,

658 caprinos,

309.360 galinhas,

3.215 patos,

3.876 gansos

1.856 marrecos,

843 galinhas angolanas,

362 perus.


Texto: Airton Engster dos Santos

Colaboradores: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa



Município de Estrela - Rio Grande do Sul – Primeiros Anos do Século XX


Município de Estrela – Primeiros Anos do Século XX


O município de Estrela possuía os seguintes limites em 1922: Ao sul: município de Taquari; a leste: Montenegro, Garibaldi e Bento Gonçalves; ao norte: Guaporé; a oeste: Encantado e Lajeado.


O território de Estrela era considerado acidentado sendo que as maiores elevações estavam localizadas nos distritos de Pinheiro Machado, Boa Vista, Roca Sales e Corvo. Também com riquíssimos vales, muito povoados e aproveitados pela agricultura. Uma bela várzea ao longo do Arroio Boa Vista.


Um excelente sistema hidrográfico, sendo regado pelo Rio Taquari, e pelos arroios Boa Vista, Campinho, Encantado, Augusto, Conventos Vermelhos, Pirolin, Garnizé, Seca, Corvo, Corvinho, Beija-Flor, Lengler, Arsenal ou Costão, Estrela ou Grande, Ouro, Areia, Bom Retiro, Glückckauf, Schmidt, Tempas entre outros.


No Rio Taquari contava com os passos de São Miguel, Wendt, São Gabriel, Estrela, Boa Vista, Costão, Barra da Forqueta, Arroio do Meio, Corvo, Heineck, Barra das Palmas, Encantado, General Osório, etc...


Contava com os portos de Arroio do Ouro, Estrela, Fundição, Costão, Corvo, Barra da Seca, Roca Sales, Arroio Augusto, Encantado e Campinho.


No território de Estrela à época estavam os morros de Boa Vista, Glückauf ou Teutônia, Roncador, Roncadorzinho, Bicudo, Bicudinho, Teufelsberg, Ano Bom, Seca, Beija-Flor, Capivara, Catharina, Zucker Klumb, Pereira, etc...


Estudo Político - Administrativo


A Lei Orgânica em vigor era de 1892.

Estrela pertencia ao primeiro distrito eleitoral federal e seu eleitorado em 1922 era de 1.320 eleitores federais e 2.900 estaduais.


Compunha o município cinco distritos, a saber: Estrela, Pinheiro Machado, Roca Sales, Corvo e Boa Vista.


A Lei Provincial nº 1.865, de 17 de junho de 1889, criou a Comarca de Estrela que foi extinta em 1892. Em 1922 o município fazia parte como 2º termo da Comarca do Vale do Taquari, com sede na Vila de Lajeado.


O município pertencia a Arquidiocese de Porto Alegre, e contava com as paróquias de Santo Antônio, criada por Lei Provincial nº 857, de 2 de abril de 1873 e instituída canonicamente em 11 de agosto de 1873; a de Roca Sales criada por provisão em 5 de janeiro de 1909.


Além das matrizes o município contava com as capelas católicas de São Vito na Picada Grande ou Novo Paraíso; São Francisco Xavier na Glória; Sagrado Coração de Jesus em Corvo; São Miguel na Geraldo; Nossa Senhora do Rosário no Arroio Augusto; Santo Izidro no Campinho entre outras...


Contava com os seguintes templos luteranos: Vila Estrela, Picada Novo Paraíso, Picada Schmidt, Teutônia Sul, Teutônia Norte, Picada Germano, Corvo, Roca Sales, Picada Seca e Picada Fazenda Loohmann.


Tinha também nesta época uma Loja Maçônica Luz da Teutônia.


Até então o município havia sido administrado por: Coronel Joaquim Alves Xavier, Pérsio de Oliveira Freitas, Coronel Francisco Ferreira de Brito, Tenente Coronel Nicolau Müssnich e Coronel Manoel Ribeiro Pontes Filho reeleito duas vezes.


Airton Engster dos Santos
Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa

Município de Estrela - Rio Grande do Sul – Início Século XX - Considerações Gerais


Município de Estrela – Início Século XX

Considerações Gerais:


Numa sintese não é possível dar uma idéia precisa do que foi o município de Estrela no início do Século XX, com sua grande capacidade produtora.


Essa idéia só pode ter quem pesquisa nos diversos livros que tratam do assunto, estudando a luz do que era produzido, do que possuía e acreditava sua coletividade.


Do ponto de vista agrícola, o que se via, desde logo, é de que as terras que dispunha Estrela eram esplendidas, prestando-se de maneira admirável, a produção das mais variadas espécies de culturas.


A agricultura, base da riqueza do município de Estrela era muito adiantada tendo no aspecto colonial a grande força impulsora das lavouras em todas localidades.


Era admirável a fertilidade das terras próprias para agricultura cujo fator natural de irrigação sempre contribuiu.


A maior produção agrícola do município era de milho, mandioca, trigo, arroz, fumo entre outras.


A indústria pastoril, por outro lado, também gerava retorno aos produtores.


As terras não cultivadas às margens dos rios e arroios que banham o município eram utilizadas para criação animal, sendo que suas pastagens, querem por sua qualidade, variedade e abundância eram das melhores da região.


A criação de bovinos era destacada no município.


Também importante destacar atuação dos administradores, especialmente do Intendente Manoel Ribeiro Pontes Filho, considerado inteligente, ativo, patriota e bem intencionado. Estrela muito lhe deve por notáveis feitos.


Uma terra rica e bem administrada, assim era Estrela no início do Século XX.


Outra causa para o crescimento de Estrela naquela época, com franca prosperidade, era sem dúvida nenhuma, o seu ótimo sistema de viação no Rio Taquari e estradas para carroças que ligavam o município com outras localidades. Tudo isso favorecia o escoamento da produção de sua indústria e da agricultura.


As comunicações por via fluvial com a capital do Estado e municípios ribeirinhos eram diárias sendo que o Porto de Estrela era visitado por grande número de embarcações, quer vapor, quer a gasolina que aqui chegavam e saiam constantemente, transportando mercadorias e passageiros.


Quanto ao sistema de viação terrestre, era mantido pela administração pública que procurava melhorar e conservar as estradas constantemente. De quando em vez encontrava apoio do governo do Estado do RS.


Estrela possuía também um bom sistema de pontes e pontilhões de rodagem, implantados nas estradas de maior movimento, cortadas por cursos de água, por onde passavam carroças e cavalos transportando as riquezas produzidas na zona colonial.


A população de Estrela era considerada religiosa, trabalhadora e ordeira.

Estrela já possuía ótimos templos religiosos e magníficas escolas.


Com todo esse patrimônio moral e material a grandeza de Estrela era incalculável.


Airton Engster dos Santos


Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa

Clinica para Cirurgia Dr. Emílio Welke Estrela-RS – primeiros anos século XX

Clinica para Cirurgia Dr. Emílio Welke

Estrela-RS – primeiros anos século XX


Esta importante clínica que antes pertenceu ao Doutor Campelli foi por esse cirurgião estabelecida em 1912, na então Vila da Estrela.


O Doutor Welke competente clinico e cirurgião alemão adquiriu a clinica que dispunha de salas cirúrgicas séptica, de esterilização, exame de olhos, garganta e consultório médico.


Estava devidamente aparelhada para qualquer operação de alta e baixa cirurgia.


Instalada com todo rigor da ciência e higiene, tinha ainda anexo uma farmácia própria, dirigida por competente farmacêutico.


Milhares de pessoas durante o ano procuravam a conceituada clinica e ali se submetiam a exames, curativos e consultas.


A clinica do Dr. Emílio Welke era uma das mais importantes do estado do Rio Grande do Sul.


Airton Engster dos Sasntos

Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa


Estrela-RS e seus Povoados nos primeiros anos do século XX

Estrela-RS e seus Povoados nos primeiros anos do século XX


Roca Sales:


Sede do 3º distrito. Contava com 70 prédios, alguns bem conservados: Igreja São José, Tiro de Guerra, 2 hotéis, 4 casas comerciais, 2 barbearias, 1 fábrica de carruagens, 2 cerrarias, 2 ferrarias, 2 dentistas e uma população de 400 habitantes.


A sub-intendência estava sob responsabilidade do coronel Napoleão Maioli Primo, está instalado em prédio próprio pertencente ao município de Estrela.


No distrito como um todo incluindo a parte do interior contava com 19 casas comerciais, 5 moinhos, 11 fábricas de aguardente, 2 selarias, 2 curtumes, 2 fábricas de queijos, 2 açougues, 3 sapatarias, 3 funilarias, 2 padarias, 2 carpintarias, 5 alfaiatarias.


Existiam na época 800 prédios com 5.000 habitantes. Era o maior distrito rural de Estrela cuja renda anual era 40:000$000, sendo maior valor da agricultura que era muito variada.


O distrito era forte produtor de banha contando com 8 capelas e vários cemitérios.


Pinheiro Machado:


Sede do 2º distrito, situado na Linha Glückauf antiga Teutônia, era um pequeno povoado que contava com 20 edificações e 100 habitantes.


Possuía importante templo luterano e loja maçônica Luz da Teutônia, oficinas, casas comerciais, centro telefônico e agência de correio.


Corvo:


Sede do 4º distrito. Era na época um pequeno povoado na margem esquerda do Rio Taquari.


Havia a capela do Sagrado Coração de Jesus, templo luterano, casas de negócio, centro telefônico e agência de correios.


Boa Vista:


Era um pequeno povoado situado no fim da picada Glückauf, sede do 5º distrito. Possuía templo luterano, telefone entre outros.


Glória:


Pequeno povoado localizado na estrada entre Teutônia e Bom Retiro do Sul. Nele já existia a capela São Francisco de Assis.


Márquez do Herval:


Estava Situado no 3º distrito mais conhecido pelo nome de Picão.


Costão:


Era ainda um pequeno povoado situado ao norte da Vila Estrela. Nele estava instalada a grande refinaria de banha da firma Albino Closs.

Outras localidades:


Do município de Estrela faziam parte ainda pequenos núcleos e povoações nas picadas Arroio do Ouro, Novo Paraíso, Linha Geraldo, Germano, Lenz, Franck, Delfina, Ribeiro, Catarina, Capivara, Ano Bom, Leopoldina e Arroio da Seca.


Considerações sobre os Povoados de Estrela – Início Século XX:


No início do século XX o mais importante povoado de Estrela era Roca Sales, que já se apresentava naquela época com potencial para ser elevada a categoria de Vila.


O comércio, a industria, as edificações, o número de habitantes davam lugar de destaque para Roca Sales.


O futuro veio a premiar Roca Sales que conquistou sua emancipação político administrativa em 1954.


A povoação de pinheiro Machado, sede do 2º distrito de Estrela era também uma das mais prósperas localidades. Emancipou-se em 1982 constituindo o progressista município de Teutônia.


Corvo também dava sinais de grande pujança na época. Conquistou sua emancipação em 1992 com o nome de Colinas.


Arroio da Seca, de pequena localidade no início do século XX para tornar-se município em 1988.


Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa




Estrela-RS - Bruno Schwertner



Bruno Schwertner


Era um ativo e antigo profissional comerciante conhecido por todos moradores de Estrela, estabelecido desde 1896, com relojoaria, ótica, maquinas, artigos de ferro, eletricidade, armas e ourivesaria etc...


Um dos principais estabelecimentos comerciais da Vila da Estrela.


Instalado em vasto prédio próprio, gerava muitos empregos e possuía um capital de 50:000$000 em 1922, fazendo avultado movimento durante o ano.


Bruno Schwertner, profissional competente e muito conceituado pela seriedade com que procedia.


Nos diferentes trabalhos inerentes ao seu especial ramo de atividade comercial e profissional era auxiliado por seus filhos.


Em 1924 montou uma fábrica de relógios de torres de igrejas e prédios públicos que funcionou até 1980.


Airton Engster dos Santos

Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa