Alberto Ruschel - Ator Nascido em Estrela-RS


Alberto Ruschel – Ator de Cinema Nascido em Estrela-RS

Alberto Ruschel foi ator, diretor, produtor e roteirista de cinema. Alberto foi criança para Porto Alegre, onde ficou até o início da década de 40.

Levado à carreira cinematográfica como cantor (era integrante do conjunto vocal Quitandinha Serenaders) e pela estampa de galã, o gaúcho nascido em Estrela, Alberto Manuel Miranda Ruschel, nunca abriu mão da qualidade nos filmes. Já em seu filme de estréia em 1947 – Esse Mundo é um Pandeiro - foi o galã de Eliana. Passou então a fazer as grandes comédias da época: É Com Este Que Eu Vou (1948), O Mundo Se Diverte (1949).

Fixou-se em São Paulo e na Vera Cruz, o que deu um grande impulso pra a sua carreira, atuando em Ângela (1951), Apassionatta (1952) e aquele que viria a estabelecê-lo definitivamente, ganhando o Palma de Ouro em Cannes, O Cangaceiro (1953). Alberto Ruschel sempre preferiu os filmes rurais. Ao lado de Milton Ribeiro e Hélio Souto fez Os Carpinteiros (1955).

Um dos primeiros filmes sem cinemascope foi o seu “O Capanga” de 1958, ano em retornou para o Rio de Janeiro para fazer “Matemática Zero, Amor Dez”.

Retornou ao faroeste em Paixão de Gaúcho (1958), A Morte Comanda O Cangaço (1960) e Riacho de Sangue (1966).

Walter Hugo Khori o dirigiu em Palácio dos Anjos (1970) e sua única esperiencia como diretor foi em Pontal da Solidão (1973).

Sem nunca abandonar o Rio Grande do Sul, esporadicamente voltava a fazer cinema como em A Noiva da Noite (1974), Iracema – A Virgem dos Lábios de Mel (1979) e contracenando com Pelé – Os Trombadinhas, também de 1979.

Foi um ator de cinema basicamente e sua única experiência na TV aconteceu em 1979, já no fim da carreira, quando participou de “O Todo Poderoso” na TV Bandeirantes.


Quando morreu, Alberto Ruschel, aos 77 anos, vivia no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro. Ele se recuperava de uma cirurgia no coração quando teve uma hemorragia fatal do duodeno.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Fonte: 1000 Que Fizeram 100 Anos de Cinema... ISTO É... Documento do Acervo da Aepan-ONG.


História de Estrela-RS


HISTÓRIA DE ESTRELA-RS

Diz a lenda que Estrela tem este nome porque, na chegada dos primeiros aventureiros à região, estes avistaram uma luminosidade fora do comum nas proximidades do Rio Taquari. Pensavam que, naquele lugar, houvesse caído uma estrela cadente, um presságio positivo, um sinal do céu, de que a terra escolhida traria riqueza e felicidade. Logo surgiu a denominação de "Estrela". O fato, porém, tem sua explicação natural, pois no local havia um pântano cujos gases refletiam a luz da lua, ocasionando a luminosidade.

Dos chamados municípios do Alto Taquari - Lajeado, Encantado, Estrela e Arroio do Meio - Estrela é o mais antigo.

Já durante a guerra dos Farrapos, em 1835, nele se estabeleciam os primeiros habitantes, no lugar denominado "Bom Retiro". Os fazendeiros Antônio Israel Ribeiro e a Família Louzada, foram seus primeiros moradores, possuíndo grandes extensões de terras.

É provável que a fundação do lugar tenha ocorrido em 1856, época em que começou a colonização em terras de propriedade do Coronel Vitorino José Ribeiro, colonização essa contituída, fundamentalmente de imigrantes alemães. A esta colônia, a que se deu o nome de "Estrela", seguiu-se a de Teutônia, criada dois anos depois por Carlos Arnt, ambas pertencentes ao município de Taquari.

Estabelecidos os primeiros colonos, outros seguiram o exemplo, em sua maioria vindos de São Leopoldo, que foi a primeira colônia alemã do Rio Grande do Sul.

Em 1862, a população ainda é pequena; 317 habitantes. Mas a 18 de Fevereiro de 1863, já se inaugurava uma capela Evangélica na Picada do Novo Paraíso e a 29 de novembro do mesmo ano, inaugurava-se a picada Glück Auf, da comunidade teutônica do Norte.

Em 1865, a colônia já tinha uma produção variada: mandioca, milho, centeio, trigo, milho, feijão batatas, etc. A exportação destes produtos fazia-se através do Rio Taquarí.

A 30 de setembro de 1871, começou a funcionar a primeira escola para rapazes, criada por Lei provincial de nº 771, de 14 de maio de 1871.

Em 1872 o coronel Vitor de Sampaio Menna Barreto, grande proprietário de terras, fundava o povoado, sob a invocação de Santo Antônio. Logo após chegavam os Ruschel, família numerosa e dinâmica, que lançaria as bases da indústria e do comércio.

A 2 de Abril de 1873, a Lei nº 857, criava a freguesia de Santo Antônio de Estrela, que se desmembrava, assim, da de São José do Taquari. Neste mês ainda criava-se duas escolas masculinas e uma feminina. A 24 de Agosto o padre Francisco Schleipen celebrava ali a primeira missa. Em 1874, a área da freguesia era aumentada com a incorporação de territórios à margem direita do Rio Taquari.

Finalmente, pela lei nº 1044 de 20 de maio de 1876, no governo do Conselheiro Tristão Alencar Araripe, criava-se o município de Estrela.

Em 1884, chegava a Estrela, Bruno Schwertner, constutor de relógios para edifícios públicos e igrejas. Construíu relógios de diversos tipos para vários templos do País.

Em 1881, separa-se de Estrela, para formar município à parte, o território de Lajeado.

A 14 de dezembro de 1885, Teutônia era elevado a freguesia, em obediência a Lei provincial desta data, sob a invocação de Nosso Senhor do Bom Jesus, mas que não chegou a ter instituição canônica. Em 1888, concluía-se a estrada de rodagem para Conde d'Eu (Bento Gonçalves).

A proclamação da República foi entusiasticamente recebida pela população da vila, que saiu pelas ruas, dando vivas a Marechal Deodoro da Fonseca, Benjamim Constant e outros. Dissolveu-se então a câmara municipal. Para substituí-la, constituiu-se uma junta provisória, composta por Luis Paulino de Morais, Jocob Schiller e Luis Jaeger, que foi empossada a 13 de maio de 1890. Por esta época ja funcionava a primeira fábrica de móveis Niels Person. Uma modificação introduzida na composição da Junta Provisória nela incluiu os cidadãos: Henrique Hamerle e Bento Rodrigues da Rosa. Deste último partiu a iniciativa de propor ao governo estadual que fosse adotada a bandeira do Estado e da República Riograndense de 1835, idéia logo aceita por todas as comunas. Nesta época a população alcançava cerca de 16.000 habitantes. Instalava-se a empresa de H. Wirtz & Cia. , com fundição e máquinas especializadas em turbinas hidráulicas e acessórios.

A 15 de Outubro de 1891 elegeu-se o primeiro Conselho Municipal do período republicano, cuja composição era a seguinte: Júlio May, Jacob Schenke, Henrique Arnt, Nicolau Gerhardt, João Ubaldo Nery, Miguel Ruschel e Jacob Wiedt. Elaborou-se a primeira lei orgânica do município e nomeou-se o primeiro Intendente, Joaquim Alves Xavier.

Estrela também sofreu o impacto da Revolução Federalista. A 26 de maio de 1893, com a aproximação dos revolucionários e vendo-se impotentes para contê-los, o Intendente abandonou a vila. No dia seguinte, deu-se a invasão. A população, tomada pelo pânico, abandonou a localidade, em meio a grande confusão. O legalista coronel Lautert, marchou em diração a Estrela, obrigando aos insurretos a retirarem-se, e assumindo o comando da situação. A 17 de Outubro de 1894, nova investida dos federalistas, comandados por Anibal Pereira, Jungblut e Veríssimo, os quais, no entanto, foram repelidos sofrendo muitas baixas. Durantes estes sucessos, havia assumido a Intendência Pércio de Oliveira Freitas, sucessor legal de Joaquim Alves Xavier. O Conselho Municipal, ficou suspenso por mais de um ano.

Pacificado o Estado, realizaram-se eleições municipais em 1897, sendo eleito Pércio de Oliveira Freitas, que permaneceu na administração até 1900.

Em 1910, Lourenço Orlandini fundava em Roca Sales, uma importante fábrica de banha, e quatro anos após surgia a cervejaria de Júlio Diehl. Em 1911, possuía aproximadamente 120.000 cabeças de suínos. A exportação era avultada e variada, destacando-se a banha, manteiga, feijão, aguardente, milho, avos e farinha de mandioca.

CARACTERÍSTICAS
A população total do município é de 29.071 de habitantes, de acordo com a Contagem da População do IBGE (2007).

Sua área é de 184 km², representando 0.0685% do Estado, 0.0327% da Região e 0.0022% de todo o território brasileiro.

Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.829 segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2000)

Gentílico: Estrelense

Ano de Instalação: 1876

Microrregião: Lajeado-Estrela

Mesorregião: Centro Oriental Rio-Grandense

Altitude da Sede: 39 m

Distância à Capital: 92,31Km

- Economia
A economia de Estrela está baseada na indústria de transformação, sendo responsável pela fabricação de materiais plásticos, produtos metalúrgicos, vestuário, calçados, produtos alimentícios e bebidas.

Em seguida vem o comércio e o setor primário. No setor primário destaca-se a produção de leite e o cultivo do milho. Na área rural predominam pequenas propriedades, a maioria na faixa de 10ha; com uma produção diversificada.

O município é sede do Terminal Intermodal (Entroncamento Rodo-Hidro-Ferroviário); interligando a BR-386 (Rodovia Pres. Kennedy), o Rio Taquari (Porto de Estrela) e o ramal ferroviário que faz ligação com a ferrovia do trigo (Porto Alegre - Passo Fundo).

- Cultura
Devido à colonização alemã, o município mantém vivos os eventos tradicionais como o Festival do Chucrute e os Kerbs.

Embora existam construções modernas, os traços da arquitetura em estilo enxaimel ainda permanecem. A culinária é bem diversificada. Em Estrela o visitante vai encontrar desde o tradicional churrasco gaúcho, até as delícias da cozinha alemã com pratos à base de carne de porco, batata cozida à vapor, chucrute, cucas e diversos tipos de saladas.

O Rio Taquari, que banha a cidade, foi a primeira via de acesso do município. Sua beleza pode ser observada através do belvedere localizado na rua Pinheiro Machado ou através das escadarias da rua Chá-Chá Pereira, onde encontram-se as estátuas que representam a pujança da indústria e do comércio.

O município de Estrela também é chamado de "Princesa do Vale".
Fonte: IBGE PREFEITURA MUNICIPAL PNUD FAMURS

Vale do Taquari - Entre Vales e Montanhas do Rio Grande do Sul





Acesso ao Vale do Taquari-RS

O acesso ao Vale do Taquari, formado por 40 municípios, é facilitado pelas diversas malhas rodoviárias que cortam a Região e servem de ingresso a outros importantes pólos do Estado, País e Mercosul.

A BR 386 é rota de chegada ao Vale do Taquari e por Ela se transita de ponta a ponta pela Região. A rodovia interliga as cidades extremas do mapa, Tabaí ao sul com Pouso Novo ao norte, distantes 85 Km entre si com passagem por mais cinco municípios.

A BR 386 é uma das mais importantes rodovias do Rio Grande do Sul cuja extensão total é de 464 Km. É através desta rodovia que transita-se do Vale a capital Porto Alegre. Boa parte do percurso já é duplicada.

De outra parte a Rota do Sol (RS 129) a qual dá acesso à Região da Serra do Rio Grande do Sul.

Outras rodovias do Vale: RS 332, RS 425, RS 435, RS 433 e RS 432.

O Vale do Taquari fica a 450 de Rio Grande, 1.100 Km de São Paulo e 1.743 Km de Buenos Aires.

Airton Engster dos Santos

Vale do Taquari - Entre Vales e Montanhas do Rio Grande do Sul






Vale do Taquari – entre Vales e Montanhas do Rio Grande do Sul:


O Vale do Taquari, região do Rio Grande do Sul, é um lugar único que reúne diversos atrativos culturais e naturais com pouca distância entre os municípios.

Num mesmo dia é possível vivenciar o sotaque de diversas culturas – portuguesa, alemã, italiana – saboreando delícias de sua gastronomia.

Além disso, as manifestações culturais, os costumes, formam um conjunto com vales planícies, montanhas e Rio Taquari fazendo da região um pólo de atração turística com um povo alegre e hospitaleiro.

A população, quase que em sua totalidade descendente de imigrantes europeus, cultua tradições e folclore dos países de origem.

Minifúndios produtivos com colheitas fartas e muita beleza natural dão ao Vale do Taquari uma identidade própria.

A região é interligada por vias asfaltadas formando um verdadeiro corredor de integração.

O Vale é beneficiado ainda por uma hidrovia com porto localizado no município de Estrela e estrada de ferro.

O Vale do Taquari é formado por 40 municípios, cujo mais antigo é Taquari-RS que se emancipou de Triunfo-RS em 1849.

Já existem diversos roteiros turísticos em funcionamento no Vale do Taquari: Rota Germânica, Roteiro Delícias da Colônia, Roteiro das Montanhas do Vale e Roteiro Caminho da Erva-mate.


História:


As primeiras referências históricas da Região do Vale do Taquari datam de 1635, mencionando as expedições dos Padres Gimenez e Soares, seguidas pelo Bandeirante Raposo Tavares em 1636.

Por volta de 1800 foram criadas as fazendas ao longo do leito do Rio Taquari com escravos peões e feitorias, quando era explorada madeira, erva-mate, lavouras de cereais e criação de animais.

Na medida em que se instalavam as fazendas no território os índios que habitavam o local buscavam novas regiões no interior do Rio Grande do Sul.

Em 1809 a região do Vale do Taquari passou a pertencer ao município de Rio Pardo.

Em 1856 chegaram os primeiros colonos alemães, quando foi fundada a Fazenda Estrela. Em 1858 era criada a Colônia de Teutônia e em 1873 a Assembléia Provincial aprovou a criação da Freguesia de Santo Antônio de Estrela, reunindo os territórios de Estrela, Lajeado e Cruzeiro do Sul. Separando-a da Freguesia de São José do Taquari.

Na segunda metade do século XIX, teve início a colonização italiana, completando o processo de formação étnica que no início habitada por índios seguidos dos portugueses que trouxeram os negros, após os alemães e os italianos.

Airton Engster dos Santos

Imigrantes alemães chegaram no Brasil




IMIGRAÇÃO ALEMÃ – BRASIL – 500 ANOS DE POVOAMENTO:

Os primeiros imigrantes alemães chegaram no Brasil ainda no reinado de D. Pedro I. Estabeleceram-se no Sudeste e Sul do país onde, a partir de 1824, fundou-se a colônia alemã de São Leopoldo (Rio Grande do Sul).

Somente uma pequena parcela da emigração européia, entre ela a alemã, dirigiu-se para o Brasil: cerca de 4 500 000, num universo de mais de 35 000 000 de emigrantes europeus. O restante se deslocou para os Estados Unidos, Uruguai, Argentina, Austrália e para outros destinos.

A emigração alemã, como toda a emigração européia, se explica pelas grandes transformações sócio-político-econômicas por que passou a Europa no século XIX. Sem dúvida, entretanto, a consolidação do Estado nacional alemão foi de primordial importância para o crescimento do fluxo emigratório. Acrescente-se a isto o fato de que no Brasil do século XIX abriram-se excepcionais condições favorecendo a imigração européia. De fato, na segunda metade daquele século, chegaram os imigrantes europeus com a finalidade de prover mão-de-obra para as lavouras do café e fornecer camponeses para núcleos coloniais que iam sendo criados pelo governo brasileiro.

A origem e a composição regional dos grupos de imigrantes alemães dependiam, em muito, dos critérios e preferências dos agentes da emigração na Alemanha, enquanto o seu destino no Brasil ficava nas mãos dos receptores brasileiros que os distribuíam, considerando habilidades, interesses (geo)políticos e econômicos.

Foi notável a diversidade e heterogeneidade cultural dos grupos de alemães que aportaram no Brasil no século XIX. Eles vieram para povoar, preferencialmente, as colônias das Regiões Sudeste e Sul do país, onde foram estabelecidas, por iniciativa do governo imperial, as colônias de São Leopoldo (RS), São Pedro de Alcântara e Mafra (SC) e Rio Negro (PR). Ainda no século XIX, os colonos alemães foram conduzidos também para outras regiões do país, como Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.

Os imigrantes e seus descendentes mantiveram uma forte ligação com a cultura e a sociedade de origem, apesar das pressoes no sentido de sua integraçao pressões no sentido de sua integraçao à vida nacional.

De fato, com uma identidade étnica bem definida, os alemães, como os outros grupos de imigrantes, também foram assimilados e aculturados pela sociedade local.

Entre eles, pouco a pouco, os traços de germanidade tornaram-se mais débeis. A língua alemã passou a ser falada menos em público. Diminuíram também as atividades das sociedades e clubes recreativos. A educação passou a ser feita na língua portuguesa. Em certos meios, ser alemão passou a assumir uma conotação inferior, de negação ou de exclusão.

A escola
Um dos exemplos mais significativos de resistência cultural foi a criação e a manutenção de escolas alemãs vinculadas a comunidades evangélicas e católicas nas colônias.
Tendo os imigrantes vivido isolados durante algumas décadas, as primeiras escolas e igrejas foram organizadas por eles mesmos.

Em torno da escola, como também da igreja e de associações, o apego às tradições e a preservação de elementos culturais se estendeu a diversas gerações, persistindo mais ou menos até os dias atuais. Pode-se afirmar que alguns dos elementos de preservação e difusão da língua, identidade e cultura alemãs por parte dos imigrantes e descendentes, referem-se à escola comunitária, à imprensa, à ênfase no associativismo, na organização das comunidades religiosas, dentre outros.

A imigração e a colonização alemã no Brasil tiveram um importante papel no processo de diversificação da agricultura e no processo de urbanização e de industrialização, tendo influenciado, em grande parte, a arquitetura das cidades e, em suma, a paisagem físico-social brasileira.

- O imigrante alemão difundiu no Brasil a religião protestante e a arquitetura germânica; contribuiu para o desenvolvimento urbano e da agricultura familiar; introduziu no país o cultivo do trigo e a criação de suínos. Na colonização alemã, não se pode negar, está a origem da formação de um campesinato típico, marcado fortemente com traços da cultura camponesa da Europa Central.

- No domínio religioso, há de se reconhecer a influência dos pastores, padres e religiosos descendentes de alemães. Várias igrejas luteranas foram implantadas com a chegada dos imigrantes e o próprio ritual católico adquiriu certas especificidades nas comunidades alemãs.

- A vida cultural dos imigrantes também teve um papel importante na formação da cultura brasileira, especialmente no que diz respeito a certos hábitos alimentares, encenações teatrais típicas, corais de igrejas, bandas de música e assim por diante. Exemplo caracterstico é a Oktoberfest que, a princípio, surgiu como uma forma de manifestação contra as atitudes tomadas pelo Estado Novo em proibir atividades culturais que idenficassem a germanidade. Hoje, ela é uma festa que simboliza a alegria alemã, tendo incorporado, com adaptações e modificações, a gastronomia, a música, a língua alemãs.

Este texto foi extraído do livro Brasil : 500 anos de povoamento /IBGE, 7o. capítulo "Imigração alemã: formação de uma comunidade teuto-brasileira" de Valdir Gregory.

Estrela-RS - Revolução de 1964


Revolução de 1964 passou por Estrela-RS


O Brasil passou por uma grande instabilidade política em 1964. Um golpe militar depôs o Presidente João Goulart – Jango, em 31 de março daquele ano.

No Rio Grande do Sul, até por razões compreensíveis, o Presidente era natural de São Borja, apresentou natural reação ao golpe militar e houve possibilidades inclusive de uma guerra civil.

Entre as estratégias das forças políticas que apoiavam Jango estava a invasão e tomada do Palácio Piratini de onde seria coordenada a resistência.

O Governador do Estado era Ildo Meneghetti, adversário político de Jango e Brizola.

Como a situação se agravou naquele 31 de março, e as possibilidades de invasão ao Palácio Piratini ficou próxima de ser concretizada, o Governador Meneghetti viajou as pressas para o interior do Estado, acompanhado de um Coronel da Brigada Militar.

Em Montenegro almoçou secretamente com alguns correligionários. À tardinha seguiu viagem pela BR 386 (naquela época com estrada de chão), e próximo onde está instalada hoje a Praça de Pedágio na Fazenda Vilanova, o fusca com placas de Ijuí no qual o Governador viajava fundiu o motor.

Passando pelo local, um estrelense reconheceu o Governador e imediatamente comunicou a Adão Herrique Fett, Prefeito de Estrela que era amigo de Meneghetti. De pronto Fett foi ao encontro do Governador para prestar socorro e o fusca foi escondido numa residência no Distrito da Glória.

Um encontro secreto foi articulado num canavial que se localizava onde hoje se situa o Trevo de Estrela no bairro Boa União, cujo objetivo foi definir uma rota segura para Ildo Meneghetti seguir viagem. Participaram deste encontro: Algumas pessoas de Estrela incluindo Adão Fett, Coronel Pacheco e o Governador Ildo Meneghetti.

O Coronel Pacheco que acompanhava o Governador Meneghetti esqueceu sua arma em Porto Alegre, motivo pelo qual foi lhe emprestado um revolver em Estrela.

Um Ford ano 1946, de propriedade da Prefeitura Municipal de Estrela levou o Governador até Passo Fundo onde instalou seu gabinete esperando que os ânimos serenassem.

Após a consolidação do Golpe Militar, exílio do Presidente Jango e Leonel Brizola, Ildo Meneghetti retornou ao Palácio Piratini.

Durante seu governo que foi até 25 de março de 1966, Ildo Meneghetti esteve em Estrela muitas vezes em atividades oficiais ou para visitar Adão Henrique Fett.

Curiosidades:


Ildo Meneghetti nasceu em 1895 e faleceu em 1980. Era engenheiro, foi duas vezes prefeito de Porto Alegre – 1948 e 1951. Foi Presidente do Sport Club Internacional de 1929, 1934 e novamente em 1938. Foi Governador do Rio Grande do Sul por dois mandatos (1955-1929) e (1963-1966). Era filiado do PSD – Partido Social Democrático.


Adão Henrique Fett foi prefeito de Estrela, em dois mandatos (1951-1955 e 1963-1969), deputado estadual eleito suplente em 1958 assume vaga de titular em substituição a Braga Gastal e empresário no Vale do Taquari, nascido em 12 de agosto de 1904, em Bom Retiro do Sul, filho de Jorge Fett e Paulina Arnt. Faleceu em 22 de outubro de 1984, sepultado no Cemitério Evangélico de Estrela junto com sua esposa Darcyla Einloft Fett. Era filiado ao PL – Partido Libertador.


Os partidos PSD de Meneghetti e PL de Adão Fett, bem como o PTB de Jango e Brizola foram extintos pelo Ato Institucional - AI-2 de 27 de outubro de 1965. Todos os demais partidos políticos existentes no Brasil naquela época foram também extintos pelo Governo Militar substituídos pelo Bi-partidarismo – Arena – Aliança Renovadora Nacional de sustentação ao governo e MDB – Movimento Democrático Brasileiro de oposição.


Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Apoio: Jorge Scherer

Fonte: Entrevista: Com Rubem Ruschel e Eva Fett Ruschel; Livros: A História da Comunicação Social nos Governos do RS e História – Brasil em Foco.

Imagens: Acervo do Memorial da Aepan-ONG



Farol S/A - centro de pesquisas em Estrela-RS - Anos - 1978 - 1990

Empresa foi centro de pesquisa nos anos 80


A empresa Farol S/A, localizada próxima ao Porto de Estrela (complexo hoje desativado), possuía entre seu corpo técnico um conjunto de profissionais, técnicos e engenheiros, altamente gabaritados, que passaram a desenvolver uma série de atividades inerentes a produção de farelo, farinha, lecitina e óleo de soja degomado. Também ração animal. A Farol S/A tinha capacidade para processar em torno de 2.000 T de soja/dia. A empresa funcionou de 1978 a 1990, vindo a fechar em função da política para a “Trading Interbrás” no governo do Presidente Fernando Collor, mas isso é uma outra história.

Na empresa, além da produção de derivados de soja, foi efetivado experiências de grande, média e pequena complexidade com outros tipos de sementes, como uva, colza, milho, arroz e linhaça em maior escala. As experiências se davam em escala industrial ou laboratorial tendo como grande incentivador o eng.° Cláudio Lang, Diretor de Produção, coordenadas ou acompanhadas pela eng.ª química Mariza Casagrande Bronstrup, eng.° Ricardo Alves de Moraes, eng.° Juarez da Silva, Sr. Grimolvã da Silva Fortes, Sr. Er Gomes de Campos, Sr. Querino Schutz entre outros profissionais.

Na verdade além de empresa processadora de oleaginosas a Farol foi um grande centro de pesquisas, graças à capacidade profissional e intelectual de seus profissionais. Somente no Laboratório físico/químico foram efetivadas 1.586 pesquisas ou experiências com sementes, óleos, água, carvão mineral, solventes, combustíveis, alimentos entre outros, além de todo controle de qualidade de rotina da fábrica e produtos comercializados. O Laboratório trabalhava 24 horas do dia com uma equipe de aproximadamente 15 técnicos. Todos resultados das experiências realizadas foram catalogados em livros próprios.

Através dos conhecimentos da equipe, foi testada naquela época a utilização de óleo vegetal como biocombustível, alternativo aos derivados de petróleo. Os testes foram feitos numa carregadeira, sendo seus resultados considerados satisfatórios.

Nos anos oitenta o trato com as questões ambientais ainda eram tímidas, porém na Farol S/A, muitos cuidados eram tomados, como por exemplo: Os fumos da chaminé eram controlados pela equipe do laboratório da empresa, que observava a queima dos combustíveis através da cor da fuligem, inclusive o nível de CO2 emitido para atmosfera era medido regularmente.

Também foi implantada uma Estação de Tratamento de Efluentes, onde era tratada a água utilizada na indústria, antes de ser devolvida ao Arroio Boa Vista, recurso hídrico de onde também era captada.

Legenda Fotos:

Engenheiros: Otto Imich, Eng. Juares da Silva, Sidnei Casagrande, Enga. Mariza Casagrande Bronstrup, Eng. Ricardo Moraes, Eng. Márcio e Nei.

Laboratório: Em pé: Airton Engster dos Santos, Eng. Mariza Casagrande Bronstrup, Nelson Kord e Jorge Barcelos. Agachados: José Mirto Petter, João Boher, Metz e Edson Schneider.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Fonte - Arquivo Memorial Aepan-ONG


Escola Estadual de Ensino Médio de Estrela


Escola Estadual de Ensino Médio de Estrela

Escola Estadual de Ensino Médio de Estrela - Primeira escola pública de 2º Grau da sede municipal foi criada em 17 de fevereiro de 1982, pelo decreto 30.569, assinado pelo governador Amaral de Souza.

A autorização de funcionamento foi através da Portaria 6.421, de 30 de março de 1982.

Nos dois primeiros anos, funcionava à tarde e à noite. Dada a grande procura de matrículas, em 1984 foram formadas turmas do turno da manhã.

Em 1987, foi implantada a matrícula por disciplina.

A criação da Escola se deve ao empenho das educadoras Arlete Schauenberg, Liane Stapenhorst, Dirce Kleinübbing, respectivamente diretora, vice-diretora e secretária da Escola Estadual Vidal de Negreiros, reivindicaram, junto às autoridades políticas competentes a implantação de uma Escola Pública de 2º Grau - Ensino Médio.

Diretores da Escola: de 1982 a 1983: Dirce Kleinübbing e Liane Stapenhorst, coordenadoras. De 1983 a 1991: Ildo João Salvadori. De 1991 a 1997: Marlise Gerhardt. De 1998 a 1999: Erci Pedro Albarello. De 2000 a 2003: Maria Izabel Knaack. Em 21 de outubro de 2003, foi eleita diretora Belkis Carolina Calsa reeleita em 2006.

Placas Comemorativas:

No saguão de entrada da Escola de Ensino Estrela constam duas placas comemorativas. Uma por ocasião da inauguração em 1941 e outra da Escola Estadual Vidal de Negreiros que funcionou no local até 1982.

Placa de Inauguração: Edifício construído no governo do Interventor Federal Osvaldo Cordeiro de Farias sendo Secretário de Estado de Educação e Saúde Pública Dr. José R. Coelho de Souza e dos negócios de Obras Públicas o Engenheiro Civil Antonio Meireles Leite, Diretora Geral de Instrução Pública Dra Olga Acauan Gayer e Diretoria de Obras o Engenheiro civil o Engenheiro Cyro Muriante da Silveira. Rio Grande do Sul – 1941.

Placa número 2: Neste local funcionou de 1941 a 1982 a Escola Estadual Vidal de Negreiros. Marlise Lautert Diel – Diretora – 1990.

Comentário:

Como sabemos, fundado em 1920 o Colégio Elementar Sete de Setembro funcionou onde hoje se localiza o prédio que abriga a Associação Comercial e Industrial e Rádio Alto Taquari.

Em 7 de junho de 1940 recebeu o nome de Grupo Escolar Vidal de Negreiros. Em 1941 começou a funcionar em prédio padrão otimamente instalado onde hoje funciona a Escola de Ensino Médio Estrela.

Em 1951 a direção da Escola estava sob responsabilidade da professora Maria Lopes Abreu.

O Grupo Vidal de Negreiros se constituía no ano do Jubileu de diamantes de Estrela, num dos baluartes da educação e cultura estrelense ocupando lugar de destaque na sociedade local.

Hoje a Escola Vidal de Negreiros está estabelecida no prédio do antigo Colégio Cristo Rei.
Airton Engster dos Santos

Rotary Club de Estrela completa 60 anos

Rotary Club de Estrela festeja 60 anos

Em reunião festiva na Soges, o Rotary Club de Estrela festejou terça feira (10/03/2009) à noite, seus 60 anos de existência. O Presidente Antônio Albino Köhler destacou que o papel do rotariano, é “dar de si, antes de pensar em si”. Prestigiano o ato, esteve Edison Barbieri, Governador Assistente da Área 5 Distrito 4.700. Segundo o protocolo Luiz Marcelo Gonçalves Maia, o Rotary de Estrela é o mais antigo do Vale do Taquari, e participa de várias campanhas, como a da vacinação contra a pólio, aluno nota dez, homenagem ao Motorista Padrão, campanhas, auxílios e doações. Na década de 80, chegou a doar uma casa para uma família carente. O Rotary Club de Estrela se reúne todas as terças feiras na Soges, e já teve ao longo dos seus 60 anos, 51 presidentes. Para este ano, está programada a décima Parkchoppfest, num festival no Parque Princesa do Vale com uma semana de duração. Ildo Salvatori, o mais antigo rotariano de Estrela – ingressou no clube em 1967 – junto com sua esposa apagou as velinhas do bolo de aniversário. Antônio Köhler apresentou uma mensagem pelo transcurso, no domingo, do Dia Internacional da Mulher, dizendo que elas deviam ser como Maria, mãe de Jesus – bem aventurada.

Aepan-ONG formula pedido para Enio Bacci - Deputado-Federal-RS



Aepan-ONG formulou pedido para Enio Bacci


Sábado dia 07 de março, durante o Encontro Regional do PDT realizado em Estrela, a Aepan-ONG representada por Jorge Scherer, Marco Kafer e Airton Engster dos Santos entregaram uma solicitação ao deputado federal Enio Bacci – para construção de um espaço virtual na internet (provedor) que servirá como instrumento para divulgação de pesquisas e trabalhos da entidade ambientalista.

Segundo Jorge Scherer é uma forma efetiva de disponibilizar para sociedade o resultado do trabalho dos voluntários da Aepan-ONG, tanto na área ambiental com o monitoramento do Rio Taquari, como cultural, na divulgação de textos, imagens e filmes antigos de fatos e acontecimentos de Estrela e comunidade regional do Vale do Taquari.

Enio Bacci prometou empenho para encaminhamento do assunto junto aos órgãos do governo federal em Brasília.

Os ambientalistas receberam ainda um livro sobre a vida e a obra do Professor Darcy Ribeiro, grande pensador do trabalhismo brasileiro, o qual passa a integrar o Memorial da Aepan-ONG.

O encontro entre os integrantes da ONG e Enio Bacci foi intermediado por Paulo Argeu Fernandes, Coordenador Regional do PDT no Vale do Taquari.


Texto e foto: Alex Eurico Santiago


Legenda foto: Jorge Scherer, Paulo Argeu Fernandes, Enio Bacci, Airton Althaus (prefeito de Venâncio Aires), Romildo Bolzam (presidente estadual do PDT e prefeito de Osório) e Airton Engster dos Santos.


Estrela-RS - Eventos em março de 2009


Estrela-RS – Eventos em março – 2009

01/mar Festa Anual Sta. Cecília Glória com missa (10h);

07/mar III Multi Mulher – 40° Batalhão de Polícia Militar (9h);

Campanha Material Escolar no Calçadão de Estrela – Rotary Club;

08/mar 1ª Etapa da Copa VTBC Racing de bicicross – SMEL;

Dia Internacional da Mulher – UBS (Unidades Básicas de Saúde

de Estrela);

Festa Anual Comunidade Santa Rita com missa (10h);

Festa Anual da Comunidade Católica São Miguel L. Geraldo Baixa

missa (10h);

14/mar Fandango do 19° Aniversário CTG Raça Gaudéria (20:30);

21/mar Evento do Projeto Navegar no Parque Náutico – SMEL

Piquenique de integração entre famílias – EMEF Cônego Hugo

Wolkmer (10h);

22/mar Festa Anual ao Padroeiro São José – Com. Linha São José com

missa (10h);

Festa Anual Comunidade São João com missa

27/mar Evento Sorriso Vida Saudável – SMEL;

Miss Estrela – Lupus Land;

28/mar Programa da Visão – Lions Clube de Estrela – Parque Princesa do

Vale (9h);

29/mar Festa Anual Comunidade São Jacó com missa;

Outras Atividades:

Comemoração Dia da Mulher – Grupos Acolher – CRAS;

Curso de Formação Continuada para Professores das EMEIs,

EMEFs e CEMAIs da SMECTUR;

Feira do Peixe (no 2° e último sábado do mês à part ir da 7h) –

Sec. da Agricultura – Praça Henrique Roolaart;

Feira do Produtor Rural (quartas feiras à tarde e sábados de

manhã) – Praça Henrique Roolaart – Sec. Municipal da Agricultura;

Início das escolinhas e projetos sociais da SMEL;

Início do 1º Campeonato Futebol de Campo Municipal Sub–16 –

SMEL;

Início dos Jogos Intercomunitários – SMEL;

Programa Estrela Legal – Secretaria Municipal da Fazenda.

Pesquisa: Aepan-ONG - Airton Engster dos Santos

Calendário de Eventos do município de Estrela-RS