Jean Carlo Menges - Resgate da história de Estrela


Airton,

Tu já me conheces sou muito amigo da Tutty e seu. Estou te escrevendo para dizer o quanto o trabalho da AEPAN é fundamental em nossa cidade para resgatar a história de nossos colonizadores e do nosso povo estrelense. Povo este que tem grande papel na história do Rio Grande e que estás esquecido. Pena que a nossa população não valoriza atos assim e nem os nossos governantes. Mas, ainda bem que existem pessoas que não desistem e que vão a luta e tentam resgatar a história para que ela não se perca no tempo.

Se Estrela para muitos é desconhecida, hoje poderá ser lembrada e conhecida através deste memorial que a AEPAN está constituindo graças aos esforços de pessoas que acreditam que Estrela ainda poderá voltar a brilhar novamente como já brilhou na história do Rio Grande por muitas vezes.

Eu sou um que acredita no potencial do povo estrelense para fazermos a diferença e voltarmos a ter o nosso nome divulgado e voltarmos a ser a cidade que um dia foi.
Estrela, o teu povo não pode desistir jamais, pois este é um povo que luta para ti fazer uma cidade novamente e ti fazer brilhar novamente, pena que nem todos pensam assim.
Jean Carlo Menges

Estrela-RS - Desfile Farroupilha






Amor ao Rio Grande do Sul
Em 1835, os gaúchos montados em seus cavalos promoveram a Revolução Farroupilha, que que teve duração de dez anos, em busca de dignidade.
Morreram em torno de 3,5 mil pessoas no solo rio-grandense.
A Revolução Farroupilha também ficou conhecida como Guerra dos Farrapos. Recebeu esse nome porque durou muito tempo e os combatentes muitas vezes lutaram com as roupas esfarrapadas.
Os farrapos são revenciados na Semana Farroupilha, realizada anualmente de 14 a 20 de setembro em todo estado do Rio Grande do Sul.
A pacificação da revolução iniciou-se quando D. Pedro de Alcântara atingiu a maioridade e passou a governar o Brasil, com o título de D. Pedro II.Luis Alves de Lima e Silva foi escolhido para comandar as tropas imperiais e negociar a paz.
A 25 de fevereiro de 1845 foi assinada a paz.
Airton Engster dos Santos e Jorge Scherer

Símbolos do Rio Grande do Sul


Símbolos Gaúchos são tema da Semana Farroupilha 2008

Além dos oficiais como a bandeira o hino e o brasão, o Rio Grande do Sul adotou outros símbolos que fazem parte da cultura do povo gaúcho. Todos definidos em Lei estadual.
O quero-quero, o cavalo crioulo, o churrasco, a erva-mate, o chimarrão, a flor brinco de princesa, marcela e Estátua do Laçador fazem parte deste conjunto que representa a história de nosso estado.
Os símbolos do Rio Grande do Sul não podem cair no esquecimento, tanto que são o tema da Semana Farroupilha de 2008.

Quero-Quero:
Sentinela dos pampas, o pássaro está sempre alerta, defendendo bravamente seu território e ninho. A ave faz seu ninho no chão, com preferência para os campos. Emite um estridente grito a qualquer ameaça. Lei 7.418/1980.

Churrasco:
Surgiu no Rio Grande do Sul no século 17. Era feito em um buraco no chão e a carne temperada com cinza. Com o tempo novas técnicas foram aperfeiçoando o preparo do churrasco. Hoje em qualquer lugar do Brasil encontram-se gaúchos servindo o prato típico, churrasco gaúcho. Lei 11.929/2003.

Brinco-de-Princesa:
Flor símbolo do Rio Grande do Sul, encontrada na mata atlântica. Lei 38.400/1988.

Cavalo Crioulo:
Cavalo Crioulo, da raça crioula. De médio porte, cola e crina grossas, bem entroncadas, machinhos cabeludos. Tem o seu corpo mais peludo que o cavalo inglês. - É cavalo resistente ao frio, ao trabalho, caborteiro de baixo. É dito o cavalo mais inteligente e por isso o mais preferido tanto pelo peão como pelo patrão. Dito, também, o cavalo orgulho do Rio Grande. Lei 11.826/2002.

Erva-Mate:
É da folha da erva-mate que se extraí o principal ingrediente para o chimarrão, marca registrada dos gaúchos. Pode atingir 12 metros de altura, caule e folhas ovais e fruto pequeno e verde ou vermelho-arroxeado. As folhas da erva-mate são aproveitadas na culinária. Lei: 7.439/1980.

Chimarrão:
A maior característica do povo do Rio Grande do Sul é o gosto pelo chimarrão. A cultura de servir o chimarrão entre amigos é passada de geração para geração. O gosto é amargo, estimulante e saboroso. Lei 11.929/2003.

Marcela:
A marcela, a planta medicinal encontrada nos campos do Rio Grande do Sul. É colhida na sexta-feira santa preferencialmente antes do nascer do sol. Lei 11.858/02.

Estátua do Laçador:
Estátua do Laçador é patrimônio histórico e cultural do RS, Lei estadual nº 12.992. Localizado na entrada da capital, Porto Alegre. Esse monumento é a representação do homem rio-grandense, que com sua pilcha (traje típico gaúcho) e suas boleadeiras, transparece a cultura de seu povo. Criada pelo artista Antônio Caringi, a estátua foi originalmente feita em gesso e posteriormente reproduzida em bronze. O tradicionalista Paixão Cortês foi a inspiração para a criação do monumento, que mede 4,45 metros de altura e pesa 3,8 toneladas.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Referências: Assembléia Legislativa do RS e Governo do Estado do RS.




Rio Grande do Sul - Revolução Farroupilha

Revolução Farroupilha e Tratado de Ponche Verde

D. Pedro I governou o Brasil entre 1822 e 1831. Abdicou do trono em favor de seu filho, D. Pedro de Alcântara, o qual era menor e não podia governar.

O Brasil passou então a ser governado por regentes. Essa forma de governo recebeu o nome de regência.

Numa dessas regências iniciou-se a Revolução Farroupilha.

Dentre as causas da Revolução Farroupilha podemos destacar: a insatisfação dos gaúchos em relação ao governo central sediado no Rio de Janeiro, assim como em relação ao presidente da província do Rio Grande do Sul. Os altos impostos cobrados sobre os produtos vendidos pelos gaúchos, especialmente o charque foi outro fator de contrariedade.

O descontentamento foi aumentando, dando origem à revolução. Ela se iniciou no dia 19 de setembro de 1835. No dia seguinte, 20 de setembro, os revolucionários, chefiados por Bento Gonçalves, entraram em Porto Alegre. A revolução durou dez anos e se estendeu até a província de Santa Catarina.

Os gaúchos tiveram muitas vitórias sobre as tropas governamentais e, em 1836, foi proclamada a República Rio-Grandense, com capital na Vila de Piratini.

A pacificação da revolução iniciou-se quando D. Pedro de Alcântara atingiu a maioridade e passou a governar o Brasil, com o título de D. Pedro II.

Luis Alves de Lima e Silva foi escolhido para comandar as tropas imperiais e negociar a paz.

A 25 de fevereiro de 1845 foi assinada a paz entre as forças imperiais e revolucionários. O acordo ficou conhecido como Tratado de Ponche Verde.
Os heróis da Revolução Farroupilha foram, dentre outros: Bento Gonçalves, David Canabarro, José Garibaldi e sua mulher Anita Garibaldi.

A Revolução Farroupilha também ficou conhecida como Guerra dos Farrapos. Recebeu esse nome porque durou muito tempo e os combatentes muitas vezes lutaram com as roupas esfarrapadas.

TRATADO DO PONCHE VERDE

Artigos do Tratado de Paz - concessões obtidas do Governo Imperial, e que deram andamento à conclusão da Paz:

1o - O indivíduo que for pelos republicanos indicado Presidente da Província, é aprovado pelo Governo Imperial e passará a presidir a Província;

2o - A dívida nacional é paga pelo governo imperial, devendo apresentar-se ao Barão, a relação dos crédidos para ele entregar à pessoa, ou pessoas para isto nomeadas, a importância a que montar dita dívida;

3o - Os oficiais Republicanos que por nosso Comandante em Chefe, forem indicados, passarão a pertencer ao Exército do Brasil no mesmo posto, e os que quiserem suas demissões ou não quiserem pertencer ao Exército, não serão obrigados a servir, tanto em Guarda Nacional como em primeira linha;

4o - São livres, e como tais reconhecidos, todos os cativos que serviram a República;
5o - As causas civis não tendo nulidades escandalosas, são válidas, bem como todas as licenças, e dispensas Eclesiásticas;

6o - É garantida a segurança individual, e de propriedade, em toda sua plenitude;
7o - Tendo o Barão de organizar um Corpo de Linha, receberá para ele todos os oficiais republicanos sempre que assim voluntariamente queiram;

8o - Nossos prisioneiros de guerra serão logo soltos, e aqueles que estão fora da Província serão reconduzidos à ela;

9o - Não são reconhecidos em suas patentes, os nossos Generais; porém gozam das imunidades dos demais cidadãos designados;

10o - O Governo Imperial vai tratar definitivamente da Linha Divisória com o estado Oriental;

11o - Os soldados da república pelos respectivos comandantes relacionados, ficam isentos de recrutamento de primeira linha;

12o - Ofiiciais e soldados que pertenceram ao Exército Imperial, e se apresentaram ao nosso serviço, serão plenamente garantidos como os demais Republicanos.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Referência: "A História da Grande Revolução", Tomo VI, pg. 282, de Alfredo Varella, Editora Livraria do Globo, 1933.

Estrela-RS - Imigração Alemã

Imigração Alemã

Estrela é o município mais antigo do Vale do Taquari. Foi pelo Rio Taquari que aqui chegaram os colonizadores que desbravaram a mata virgem e passaram a colonizar esta terra. Os primeiros imigrantes vieram da região de São Leopoldo e São Sebastião do Caí. Chegaram em Estrela por volta de 1856 e se fixaram nas fazendas, nas picadas, como Picada Grande (Novo Paraíso), Arroio do Ouro e Boa Vista.

Os pioneiros da imigração alemã vieram dispostos a enfrentar as dificuldades que não foram empecilho para cultivarem as tradições que trouxeram da pátria de origem.

Os alemães apareceram entre os primeiros imigrantes europeus que vieram para o Brasil. Já em 1824 chegavam a São Leopoldo. De 1817 a 1847, chegaram 8.176 imigrantes alemães, atraídos por promessas de terras para o cultivo, ajuda de custo e de equipamentos por parte do governo para colonização de grandes áreas de terras.

As promessas não se cumpriram e os colonos imigrantes se viram abandonados à própria sorte, obrigados a enfrentar, sem recursos, a mata virgem, o clima, o povo e a língua desconhecida, problemas de saúde, de adaptação, de isolamento e muito mais.
Em 1859 o governo alemão proibiu a vinda de novos imigrantes para o Brasil, por descumprimento das promessas por parte do governo brasileiro.

A boa vontade do governo esbarrava na intransigência dos latifundiários que queriam mão-de-obra barata para suas fazendas e não pequenos proprietários.
Com tais dificuldades, os alemães preferiram então emigrar para os Estados Unidos, Uruguai, Chile e Argentina.

Vindos para o Brasil, os alemães trouxeram também seus costumes, seus gostos, sua cultura, suas tradições. Apegados a terra natal mantiveram o uso da própria língua e, especialmente no interior desenvolveram círculos fechados, buscando proteger-se e superar dificuldades.

Embora a grande maioria dos imigrantes alemães se registrasse como agricultores para atender a exigência do governo brasileiro, muitos deles preferiram ficar nas cidades, ou abandonavam logo o trabalho da terra, em vista dos poucos recursos de que dispunham.

Nas cidades passaram a desenvolver habilidades e ofícios artesanais aprendidos na terra natal.

Uma das características foi a rápida reprodução, fato que veio a compensar o pequeno número que aqui se estabeleceu. Ao chegarem à segunda ou terceira geração, já se formavam verdadeiras ilhas culturais. O maior número de filhos representava também mais força de trabalho e conseqüentemente maiores possibilidades para progredir. Reuniam-se em torno da capela, inicialmente católica, e, depois, também luterana e de outras confissões protestantes.

Davam valor ao ensino e formação das novas gerações, por isso construíram e sustentaram as escolas comunitárias.

Conservavam e transmitiam aos filhos seus costumes, tradições e valores, demonstrados na vivência da fé, no amor ao trabalho, na preservação da unidade familiar, nas festas populares, com música e danças alemães, trajes característicos, comidas típicas e apresentações artísticas.

É inegável a contribuição da cultura alemã para o desenvolvimento brasileiro. Assumindo a agricultura, os colonos imigrantes conferiram maior dignidade ao trabalho braçal, antes desenvolvido somente por escravos.

Introduziram novas técnicas como o arado e o cultivo de novos produtos.

Desenvolveram a pequena propriedade rural. Formaram verdadeiras colônias que evoluíram para cidades. Aceleraram o processo de industrialização com experiências trazidas da Europa. Participaram da criação do sindicalismo e cooperativismo brasileiro. Desenvolveram o ensino através de escolas e universidades. Deram grande impulso as artes, à arquitetura, à medicina entre outras ciências.

Imigração alemã no Brasil por décadas de 1824 a 1969Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Imigração Alemã
Décadas - Imigrantes
1824-1847 - 8,176 Imigrantes
1848-1872 -19.523 Imigrantes
1872-1879 - 14.325 Imigrantes
1880-1889 - 18.901 Imigrantes
1890-1899 - 17.084 Imigrantes
1900-1909 - 13.848 Imigrantes
1910-1919 - 25.902 Imigrantes
1920-1929 - 75.801 Imigrantes
1930-1939 - 27.497 Imigrantes
1940-1949 - 6.807 Imigrantes
1950-1959 - 16.643 Imigrantes
1960-1969 - 5.659 Imigrantes

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Referências: Revista Mundo Jovem 1991, Estrela 119 anos de Emancipação, IBGE e Museu Histórico Visconde de São Leopoldo.

Estrela-RS - Paróquias Santo Antônio e São Cristóvão

Bento XVI cria nova diocese no RS e nomeia seu primeiro bispo:

O papa Bento XVI anunciou no dia 2 de julho de 2008, a criação da diocese de Montenegro, no Estado do Rio Grande do Sul, desmembrada da Arquidiocese de Porto Alegre, e nomeou como seu primeiro bispo, dom Paulo Antônio De Conto, que atuava na diocese de Criciúma (SC).

A nova diocese será composta de 32 municípios, todos do Rio Grande do Sul. São eles: Alto Feliz, Barão, Bom Princípio, Bom Retiro do Sul, Brochier, Capela de Santana, Colinas, Estrela, Fazenda Vila Nova, Feliz, Harmonia, Linha Nova, Marata, Montenegro, Pareci Novo, Paverama, Poço das Antas, Portão, Roca Sales, Salvador do Sul, São José do Hortêncio, São José do Sul, São Pedro da Serra, São Sebastião do Caí, São Vendelino, Tabaí, Taquari, Teutônia, Triunfo, Tupandi, Vale Real e Westfália.

O bispo da nova diocese nasceu em 1942, na cidade de Encantado (RS), e foi ordenado bispo em 1991 para a diocese de São Luiz de Cáceres (MT) onde ficou até 1998, quando foi transferido para Criciúma.

No dia 6 de setembro, às 15h, acontece a missa solene de instalação oficial da Diocese de Montenegro. Será presidida pelo arcebispo de Porto Alegre, dom Dadeus Grings, que dará posse a dom Paulo Antônio De Conto como primeiro bispo. O evento ocorre na Igreja Matriz São João Batista, futura catedral, em Montenegro.

Além dos fiéis, o momento histórico deve ser acompanhado por bispos, padres, religiosos de todo Brasil. Será feita leitura das duas Bulas Papais, sendo a primeira, que cria a Diocese de Montenegro, e a segunda, que nomeia dom Paulo como seu primeiro bispo, que receberá o báculo (cajado de pastor) e será conduzido à Cadeira Episcopal.

As duas paróquias de Estrela, Santo Antônio São e Cristóvão fazem parte da nova diocese.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte: CNBB