Em Estrela, artesanato estimula o empreendedorismo
Mulheres de Estrela vinculadas ao Cras descobrem que o artesanato incentiva a autonomia e pode ser um apoio na hora de incrementar a renda no fim do mês
O artesanato vem sendo utilizado como ferramenta pela assistência social de Estrela para que mulheres sejam estimuladas à autonomia e incentivadas a empreender e assim obtenham a emancipação do Bolsa Família. As aulas que começaram em abril e vão até dezembro, ensinam os segredos da madeira e da arte da manufatura que tanta gente gosta e adquire. Em Estrela, 70 mães e donas de casa estão integradas em um dos cinco grupos que ocorrem nos Centros de Referências de Assistência Social (Cras), CTG, igreja e em diferentes bairros. No momento em que elas fazem o curso, ganham uma habilidade para se tornarem cidadãs ativas em sociedade e um motivo a mais para obter renda extra e melhorar o orçamento doméstico, o que é uma ajuda e tanto para o público-alvo que é o Bolsa Família.
Outro papel do artesanato é destacado pela assistente social Tatiana Pereira de Oliveira: ele é um dos meios mais fáceis de vincular as mulheres ao Cras. Quando se interligam a assistência social, toda a família consegue juntar-se, de um modo ou de outro, à assistência. É esse mesmo o objetivo, destinar serviços a cada família em situação de vulnerabilidade social. Assim, o adolescente é encaminhado ao programa para jovens (Projovem) e o idoso a grupos de convivência (Gracie): cada público tem encaixado seu perfil em um programa específico. “Quem está em território de Cras precisa de um olhar especial e programas que os estimulem e motivem”, assinala Tatiana. Pode-se dizer que o artesanato é uma das portas de entrada para o Centro para que as assistentes sociais possam identificar os perfis familiares e trabalhar com eles.
“Com as oficinas, propiciamos mais autonomia a esse público porque as mulheres ganham mais habilidade. O programa objetiva a melhoria da qualidade de vida”, frisa o secretário do Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação (Sedesth), José Itamar Alves.
O coordenador das oficinas Jorge Dutra diz que elas foram ampliadas para os bairros no primeiro ano do governo de Rafael Mallmann. “Começamos com 30 pessoas, em 2013. No ano passado, aumentamos para 70 pessoas.” Neste, outro bairro que foi abrangido foi o das Indústrias. “Estamos atingindo o público de Vila Teresa, dando oportunidade ao público do local”, enfatiza Dutra.
Em Estrela, o artesanato está em alta. Quem o faz quer vender e existem várias feiras durante o ano, sociedade de artesãos que se unem e conseguem revender e uma boa vitrine para seus produtos.
Um curso e um ofício
Depois que fez o curso de costura e tecido no ano passado, Vânia Beatriz Dreyer (31) virou educadora social na Estratégia de Saúde Familiar no Bairro Moinhos. Antes desempregada, Vânia adquiriu uma habilidade e profissão. Hoje, ela ensina o que aprendeu. ‘Eu estou mais em contato com pessoas, me aproximando de uma realidade que antes era distante. “Como orientadora tenho mais facilidade em ajudar estas pessoas.”
Vânia faz o seu segundo curso: artesanato em madeira. Suas alunas podem aguardar novos conhecimentos na ESF do Moinhos. “Com certeza levarei novidades para elas.”
Artesanato em madeira
Segunda-feira: 14h às 16h CTG Raça Gaudéria
Terça-feira: 14h às 16h no CTG Raça Gaudéria
Quarta-feira : 14h às 16 no Cras Moinhos
Quinta-feira : 14h às 16h na Igreja Católica Bairro das Indústrias
Sexta-feira: 14h às 16h no Cras Imigrantes
Texto e fotos: Andreia Rabaiolli
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