Traçando um paralelo entre as áreas de infraestrutura, educação, trabalho e mercado brasileiro, o consultor empresarial e professor de economia Marcelo de Carmo Rodrigues apresentou as tendências e mudanças que já estão acontecendo na economia. Em reunião-almoço realizada no Estrela Palace Hotel, em Estrela, evento promovido pela Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Estrela (Cacis), o palestrante salientou a falta de planejamento que permeia as instituições públicas do Brasil. Com isso, o mercado fica a mercê da demanda internacional, prejudicando os resultados econômicos do Brasil.
Quanto à infraestrutura do país, Marcelo comenta sobre a falta de investimentos em setores como transportes e telecomunicações. "Existe um gargalo que atrasa o desenvolvimento do país. Ele pode ser pecebido nas estradas em péssimas condições para o escoamento da produção agrícola e nos aeroportos com poucas pistas de decolagem, que são empecilhos para o crescimento econômico."
"O mercado de trabalho está indo na direção da automatização", diz Marcelo. Ele cita o exemplo dos bancos, com máquinas de auto-atendimento e serviços informatizados. Isso afeta o contigente de trabalho, que vai se adaptando para essa situação. A educação também é afetada, porém o palestrante critica as escolas brasileiras, por não prestarem o devido suporte aos alunos para essa nova realidade. "Minha mãe, quando dava aula, há trinta anos atrás, tinha à disposição um quadro negro e giz. Atualmente, o que mudou? Poucas escolas oferecem educação informatizada. E quando oferecem, é apenas um laboratório, com computadores desatualizados."
Marcelo é muito incisivo com a prática de crédito barato e juros baixos, política realizada pelo governo: "Agora a economia está girando e as pessoas estão consumindo. Mas e depois? Uma hora as pessoas vão ter que pagar suas dívidas e o dinheiro não estará disponível no mercado. Atualmente 60% das famílias brasileiras já estão endividadas." Ele finaliza, novamente observando que a falta de planejamento do governo brasileiro pode resultar em uma crise econômica, igualmente a que os países europeus
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