Estrela - Reformas no Aeródromo Regional de Estrela começam em janeiro de 2015, garante o governo de Estrela. Pousos e decolagens de aviões de pequeno porte podem ser liberados no mesmo ano. Interditado desde 2006, devido a uma série de irregularidades, o aeródromo é uma reivindicações do empresariado para atrair novos investidores de outras regiões.
Os projetos para a recuperação iniciaram, mas ainda não há estimativa do investimento. A área localizada na Linha José pertence ao Estado, com manutenção delegada ao município. A renovação da concessão ocorre em 2016, de forma automática.
Há duas semanas, o prefeito Rafael Mallmann se reuniu com integrantes do governo no Departamento Aeroportuário do RS (DAP), em Porto Alegre, solicitando apoio técnico. Nessa terça-feira, 11, uma equipe do DAP esteve em Estrela.
Após análise, o engenheiro Jorge Tadiello, o mesmo responsável pela interdição há oito anos, detalhou em documento as irregularidades na estrutura e como realizar as mudanças necessárias. Entre elas, correção no cercamento, demarcação da pista, aterro de valas na cabeceira da pista e retirada da rede elétrica.
Quando realizadas as correções, o Executivo oficializa um pedido de liberação junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo Tadiello, há boas indicações de que as atividades sejam retomadas em 2015. “Geralmente a Anac libera nesses casos.”
Antes de iniciar as obras, com recursos próprios, a administração municipal realiza marcações e projetos para iniciar as obras. Está sendo feito um projeto de licenciamento para aterrar uma vala de 850 metros a partir da cabeceira da pista. Há três meses, o Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo foi enviado ao 5ª Comando Aéreo Regional (Comar), em Canoas, sobre a demarcação da área.
A pista tem 600 metros. Por não ter pavimento, permite apenas aviões de hélice. A liberação da atual estrutura é o início de uma tratativa para ampliar sua capacidade.
Um convênio entre o Executivo e o setor privado pode ampliar a capacidade do aeródromo e otimizar sua operação. A ideia é, futuramente, repassar a administração para empresas. Segundo o secretário de Planejamento de Estrela, Marco Wermann, empresários com condições de comprar ou fretar aeronaves podem se utilizar do espaço como uma alternativa a Porto Alegre. Mais do que gerar lucro, diz, é possível contribuir para o desenvolvimento da região.
Possível ampliação
Segundo Tadiello, o espaço e relevo do Aeródromo Regional permitem uma pista de 1,3 mil metros. Assim, no futuro, o aeródromo se limita ao código 2, ou RBAC 154, permitindo aviões comerciais da linha regular, a jato, de até 24,6 metros de comprimento. No entanto, outras aplicações acompanhariam o investimento da pista, como iluminação, construção de hangares e áreas de embarque e desembarque.
Um dos fatores que contribuem para a ampliação, segundo o engenheiro, é a elevação do ponto médio da pista, superior à média do Rio Grande do Sul, o que facilita pousos e decolagens de aviões maiores.
Na década de 80, houve projeto de pavimentação para essa metragem. Um contrato chegou a ser firmado entre o Daer e a empreiteira Camargo Correia. No entanto, as obras não saíram do papel.
AES Sul
O maior entrave ainda é a retirada da rede elétrica das proximidades. Um documento foi protocolado no governo do Estado solicitando o serviço à AES Sul. A dificuldade, segundo a concessionária, é que a única forma de regularizar seria instalar a fiação subterrânea para manter atendimento às famílias das proximidades.
O que deve melhorar
– Retirada da rede irregular instalada pela AES Sul. São cinco postes e uma rede de alta tensão no local, dentro da área de aterrissagem e manobra.
– Demarcação da pista com marcadores de concreto.
– Cercamento: melhoria em pontos específicos, pois a área já é cercada.
– Aprovação pela Anac do Plano de Zoneamento Aéreo, já enviado pelo Governo de Estrela há três meses.
Matéria Jornal A Hora do Vale
Fotos - Airton Engster dos Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário