Comissão de monitoramento cria formulário para pacientes do pronto socorro de Estrela-RS


Comissão de monitoramento cria formulário para pacientes do pronto socorro de Estrela

Formulário estimula paciente a relatar ocorrências dentro do pronto socorro do hospital, apontando hora e data. Terá parecer da instituição e da comissão

A partir de agora os pacientes atendidos no pronto socorro do Hospital de Estrela vão poder relatar suas queixas em um documento oficial e descrever a hora, data e o ocorrido da situação para a Comissão de Acompanhamento e Fiscalização do Convênio da instituição. O grupo elaborou um formulário a fim de dar voz a pacientes queixosos e investigar o que de fato acontece dentro da instituição. No documento, constará o relato do paciente, o parecer do hospital e da comissão.

Na reunião dessa semana na Secretaria de Saúde, o questionário foi extensamente citado como uma alternativa de transparência. Conforme o secretário Elmar Schneider, o que se pretende é o acompanhamento da população na qualidade do serviço prestado pelo Hospital. A assessora técnica da Saúde, Débora Martins lembra que o hospital possui câmeras de vídeo e por elas é possível comparar a hora de entrada do paciente com aquela que está descrita no formulário. “Queremos ser o canal de ouvidoria da população e investigar a justiça dos fatos. A comissão traz uma proposta de abertura aos pacientes e conscientização aos usuários, uma vez que o hospital é para casos de atendimentos de urgência e emergência.” Casos não graves devem sim, ser tratados nos postos de saúde já que estão estruturados para atender a população.

Primazia

A comissão acompanha os números e os atendimentos feitos no pronto socorro do hospital de Estrela. Em julho, 1.370 pacientes do Sistema Único de Saúde foram atendidos diretamente no Pronto Socorro enquanto apenas 19, encaminhados pelos postos de saúde. A entrada de pacientes no PS, que deveria ser um local de urgência e emergência, caracteriza a inversão do modo de uso do sistema de saúde. A diretora do hospital, irmã Teresia Steffen, observa que o monitoramento seja canal eficaz. Ela diz que os números dos atendimentos são indicadores dos serviços públicos que representam a realidade evidente. “Chama atenção o atendimento de 1.370 pacientes atendidos em junho, enquanto somente 19 encaminhados pelo posto, significa que se tornou comum ir ao pronto socorro, porque as pessoas querem exames. É preciso começar a monitorar. Caso contrário, não haverá mais recursos.”

Para a irmã Teresia, pacientes precisam se habituar a usar o serviço de saúde de acordo com a necessidade. Os crônicos ou aqueles que necessitam de receita sabem que devem se encaminhar aos postos. “Quando a unidade não tem condições de atender ela conduz ao pronto socorro.” Da mesma forma, ocorre com os serviços de ambulância, o transporte, é para paciente com necessidades especiais.

Matéria e foto: Andreia Ranaiolli

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