Sergio Werle no Mundo das Artes
Com inúmeros trabalhos produzidos, como restaurações e pinturas sacras em igrejas, painéis, quadros, ator de teatro, dançarino, escultor, vitrinista e figurinista, nosso artista é reconhecido e admirado no mundo das artes.
Nascido no dia 23 de fevereiro de 1954, foi batizado pelo padre Jerônimo Braum da Capela São José, anexa ao Hospital Estrela.
Filho de Eugênio Werle e Irena Maria Ribeiro Werle, ambos trabalharam na Cervejaria Polar. Família de cinco irmãos: Marlene, Marina (falecida), Sérgio, Ivone e Vera Lúcia.
Sergio cresceu brincando no bairro Alto da Bronze. Sua família tinha uma pequena propriedade onde se criavam galinhas, suínos e duas vacas de leite. Produzia para subsistência. Contava as moedas para comprar livros, mas segundo Werle, todos eram felizes.
Estudou na Escola Normal Rural Estrela da Manhã desde o jardim até o 5º ano. Seu primeiro professor foi Pedro Afonso Eidt, quando o prédio estava em fase de acabamento.
Lembra de outros mestres: José Balensifer que lhe ensinou desenho, Bruno Alberto Volkmer, Cônego Hugo Volkmer, Guido Both e Leônidas Erthal.
Disse que o Estrela da Manhã possuía uma granja com produção de leite, suínos, ovos, frangos que eram comercializados nas agropecuárias. Plantava-se milho e pasto. Da horta da Instituição os alunos podiam levar para casa, rabanete, cenoura, repolho entre outros produtos que eram cultivados pelos próprios normalistas.
Fala com saudade das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus que preparavam as refeições. Moças ajudavam no preparo do café, almoço e janta, pois muitos alunos eram internos.
Depois estudou em outros colégios: Santo Antônio e Cristo Rei. No Ginásio Industrial onde aprendeu artes com o professor Ottmar Scheinpflug, o qual considera grande mestre. Também elogiou Ildo João Salvadori.
Mais tarde recomeçou os estudos concluindo o ensino Médio no IEEM.
Formou-se em Pedagogia na Ulbra, no ano de 2010.
Em 2011 entrou na Faculdade La Salle de Estrela, onde cursa o 6º semestre em Turismo.
Mundo das Artes:
Desde menino Sérgio Werle manifestava aptidão para o desenho. Quando a mãe lhe procurava, ele sempre estava no quarto desenhando e pintando.
Afirmou que sua passagem pelo Estrela da Manhã teve grande influência na sua vida artística, pois os normalistas eram incentivados a participação em Coral, Hora Cívica, Invernada Artística, Festas Juninas. Falou de passeios em locais turísticos, inclusive com viagem de Barco saindo do Porto de Estrela, pelo Rio Taquari, para visitar a Catedral de Porto Alegre.
Seu primeiro trabalho foi em 1982, no município de Progresso, quando restaurou toda pintura sacra da Igreja. Depois em 1984, no município de Agudo, fez o restauro de imagens e pintou um painel da Santa Ceia. Em Taquari restaurou pinturas de Arte Barroca em afrescos e estatuas na Igreja Matriz São José. Tem trabalhos realizados ainda em Sapiranga, Forqueta, Arroio do Meio, Capitão, Igreja Nossa Senhora de Fátima da Linha Wink e Quadrangular de Estrela.
Werle possui um trabalho de pintura de cinco painéis de Arte Sacra em São José do Inhacorá, no Santuário Parque São Francisco de Assis, cartão postal daquele município.
No ano de 1986, ilustrou o livro Milito Sistema e os Passarinhos, de Luiz Artur Eichholz.
Trabalhou por um período no Rio de Janeiro na Prodarte-Vinhetas que realizava trabalhos para Rede Globo de Televisão.
Foi condecorado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos por participar do Concurso Internacional de Arte Filatélica, quando recebeu o certificado de participação Olho de Boi.
Participou como ator e figurinista do GTA – Grupo de Teatro Amador de Estrela, que produziu a famosa peça – “Escravos do Século XX”.
Atuou como figurinista de Escolas de Samba em Catanduva-SP, Guaíba (RS) e Mensageiros da Alegria em Estrela.
Durante 20 anos foi dançarino do Grupo de Danças Folclóricas Alemãs de Estrela, onde destaca como incentivador e amigo, o instrutor Andreas Hamenster. Pintou painéis que ornamentam o Festival do Chucrute, com características típicas.
Foi vitrinista sendo premiado no município de Novo Hamburgo.
Participou da Banda dos Escoteiros de Estrela.
Trabalhou com escultura no Atelier Arte Livre em Porto Alegre.
Atuou na Casa de Cultura de Estrela. Por 15 anos ensinou: desenho, pintura, história da arte, restauração e modelagem.
Possui painéis pintados na Sociedade Rio Branco e Agropecuária, além de inúmeros quadros com temas diversificados.
Matéria de Airton Engster dos Santos
Publicado no Jornal Folha de Estrela
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