O mercado brasileiro de energéticos está em ebulição. Há cinco anos, o segmento cresce em ritmo de dois dígitos. No ano passado, a alta foi de 26%. Desde o ano passado, grandes empresas como a Ambev querem conquistar um bom espaço dessa balada, que hoje é liderado pela Red Bull, que acaba de lançar versões com sabor do seu tradicional produto.
Os números mostram que a Ambev ainda tem um grande caminho a percorrer com a marca Fusion, energético lançado pela companhia em 2011. A Univale e a companhia reconhecem que entraram tarde na pista. Segundo estudo da Nielsen existem 63 fabricantes da bebida no país. Só neste ano, seis novas empresas resolveram disputar um lugar ao sol.
“Chegamos um pouco tarde neste estouro do mercado, mas os índices de vendas continuam crescendo”, afirma o Coordenador de Comunicação e Marketing Institucional da Univale, José Ivan Maia. Agora, a Ambev planeja recuperar o tempo perdido: lançar embalagens maiores do Fusion. “O consumo de energéticos está migrando do individual para o coletivo”, diz Maia.
Os números explicam o movimento. Em 2005, 91,2% dos energéticos eram vendidos em latas. Cinco anos depois, as garrafas passaram a responder por quase um quarto do volume comercializado. Por enquanto, o Fusion, da Ambev, que é comercializado pela Univale na região, é encontrado apenas nas latas de 250 ml. A empresa não detalha que formatos de embalagem estão em estudo, mas adianta que embalagens tão grandes não devem ser o caminho. “Em países desenvolvidos, começaram a aparecer produtos coletivos menores, para duas, três pessoas. Não é tão desproporcional quanto o volume do refrigerante, o que parece fazer mais sentido”, afirma Maia.
Desde o ano passado, a Ambev vem turbinando os investimentos para atingir melhores resultados com o Fusion, divulgando a marca nas redes sociais, em festas, Big Brother Brasil e em eventos esportivos, como o UFC e o Rally Suzuki. Resta saber se a aposta no novo formato ajudará a catapultar a tímida presença da marca no país. No mercado de cervejas, em que detém uma acachapante participação de 70%, a Ambev comemora o sucesso em estratégia semelhante.
Grandes indústrias, como Red Bull, Coca-Cola, Ambev, GlobalBev e Grupo Petrópolis, disputam os primeiros lugares no mercado de energéticos. Ano passado, foram comercializados 118 milhões de litros desse tipo de bebida, contra 95 milhões em 2011, segundo estimativa da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir). De 2006 a 2012, o crescimento da categoria foi exponencial: de 338%, impulsionado pelo aumento do poder de compra da população brasileira e pelo fato de a bebida ter caído no gosto da nova classe média.
Na foto - José Ivan Maia da Univale (Ambev) com o Energético Fusion, que promete inovações para 2013.
Fonte: Univale e Ambev
Foto crédito: Fernando Gerhardt
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