Estrela - O “sim” dos vereadores impulsiona as turbinas da Camera. Após adquirir a fábrica de óleo em 2010, com sólidos investimentos na fabricação de farelo e óleo da soja, a construção da planta para produção do ingrediente acelerador, usado na fabricação de biocombustíveis, é revigorada. A Câmara de Vereadores aprovou a devolução de metade de tudo aquilo que a empresa pagar de ICMS, observadas as regras de repasse, com a comercialização do novo produto. A estimativa é ofertar 20 empregos diretos e mais 50 indiretos.
“Será a primeira planta do sul do país e a segunda em operação no Brasil”, diz o gerente da unidade de negócios de biocombustíveis de Estrela, João Artur Manjabosco. É ele que justifica a importância do incentivo fiscal. Em 2011, a Prefeitura de Estrela arrecadou R$ 20 milhões em ICMS. A projeção, com a implantação da planta para a fabricação do metilato de sódio, é que já no primeiro ano de atividade, esse montante suba 28%. Com a consolidação da produção, o porcentual vai atingir 80% de fomento em cima dos R$ 20 milhões. Em uma conta simples, o valor agregado de imposto da Camera poderá chegar a R$ 36 milhões. “Na prática é uma forma de maximizarmos a viabilidade dos investimentos e garantir a continuidade no melhoramento do complexo industrial no Porto de Estrela.”
A construção da fábrica de metilato, que é um produto usado para tornar viável a produção de biocombustível, gera novos empregos a cada dia. “Estamos constantemente realizando obras e melhorias para aumento de capacidade produtiva e nas condições de trabalho de nossos colaboradores.”
Manjabosco explica que o “gás” da Prefeitura de Estrela sinaliza de forma positiva em uma época de vacas magras. O gerente explica que o setor atravessou um ano “particular” por conta da redução na safra. “Porém mantivemos nossa proposição de continuar investindo na região, pois acreditamos que podemos gerar resultados para todos aqui no Vale do Taquari.”
Sem porto
O baixo nível do calado junto ao atracadouro do Porto de Estrela ainda é uma barreira para a Camera. Desde abril, a empresa não consegue embarcar matéria-prima pelo rio. E até agora, nenhuma mudança ocorreu. Contudo, a redução na safra de soja - fruto da estiagem no Estado - atingiu também o volume de cargas que chegam à unidade. “É negativo ver a situação que o porto está. É uma grande oportunidade que não está sendo aproveitada.”
Rodrigo Nascimento
rodrigon@informativo.com.br
Foto Aepan-ONG
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