Jornalista afirma que política requer participação da sociedade
“A política é maior que os políticos”. Com essa afirmação, a jornalista Rosane de Oliveira, iniciou sua palestra durante a reunião-almoço promovida na última sexta-feira, 25 de maio, pela Câmara do Comércio, Indústria e Serviços de Estrela (Cacis). Segundo a jornalista do Grupo RBS, a educação é o princípio de tudo. E em relação a esse quesito, o país tem muito a melhorar, pois investe pouco na educação básica. “Os países que mais admiro são aqueles que valorizam a educação em primeiro lugar. Por ter saído de casa cedo para estudar e por ter conquistado uma carreira à base de muito estudo, me considero um produto da educação. Por isso, não consigo dissociar a política da educação”, afirma.
Rosane enfatiza que a política do desenvolvimento não pode ser perdida de vista, pois ela é que vai fazer com que nosso Estado cresça. Mas de acordo com ela, o povo brasileiro tem que participar mais da vida política do país, do estado e do município. “As mobilizações regionais devem ser replicadas. O governo não tem como fazer tudo. A mobilização pela duplicação da BR 386 foi algo grandioso que me chamou a atenção. A sociedade ideal é aquela em que todos se sentem responsáveis pelas escolas, pelas áreas verdes, pela educação, pelo trânsito, por tudo.
A participação da sociedade para fazer uma política melhor é fundamental”.
Pensar no futuro de forma organizada, também deve ser estratégico, revela a jornalista. Ela sustenta que o planejamento em cidades é fundamental, pois significa projetar o futuro. E isso implica em saber destinar corretamente os investimentos. “Gastamos tudo o que arrecadamos na manutenção da máquina pública. Se o RS fosse uma empresa, já teria falido, pois sua situação é insustentável”, analisa.
Falando sobre sua carreira, Rosane mostra-se rigorosa no exercício da sua profissão. “É preciso cautela na apuração do fato e só depois publicar. O jornalista tem o poder de contribuir, mas também pode arruinar uma reputação. É preciso bom senso e responsabilidade”. Questionada sobre o que pensa da política e dos políticos, Rosane mandou seu recado: “Tem gente boa, bem intencionada. Precisamos falar da boa política também e esperar que ela supere a má. Mas vejo nas ações do governo uma boa abertura para o diálogo, o que, por si só, já sugere boa intenção”, finaliza.
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