Estrela-RS - Carnaval Regional 1982

Estrela-RS - Carnaval Regional 1982
Arquivo - Secultur
Estrela-RS - Carnaval Regional 1982
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Estrela-RS - Carnaval Regional 1982
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Primeiros Carnavais em Estrela-RS

A mais antiga menção de festejos carnavalescos em Estrela, documentada em fontes primárias, está no jornal Der Pionier, de 11/03/1897, citado por Lothar Hessel. 
A casa comercial de João Carlos Wallau, além de outros produtos, vendia confetes, grande variedade de máscaras e enfeites de carnaval, para damas e cavalheiros. 

O mais antigo grupo carnavalesco de Estrela, documentado, é o Clube Saca-rolhas no desfile de rua, no Carnaval do século 19. 
A banda de Laurindo Paraná animava os folguedos, enquanto em carros alegóricos desfilavam um grupo de gaúchos rio-grandenses, grupo de índios, rainha, bosque de fadas, alegoria ao Brasil e Argentina; uma fábrica de cargos, onde um Satan tirava de um moinho as diferentes profissões liberais" - conforme O Alto Taquary, de 24/02/1901. 

Outra menção é de 1908: O folgazão Momo visitou esse ano a nossa região, recebendo em homenagem animadas festas. 
Na vizinha vila da Estrela formou-se alegre préstito composto de crítica, Zé-Pereira e garboso esquadrão de cavalarianos - conforme O Alto Taquary, de 03/03/1908. 
Pelo visto, Zé Pereira era antigo e as alegorias carnavalescas preferiam as críticas humorísticas. 

Um dos mais antigos blocos burlescos foi o Grupo Mephistófeles, fundado em 24/02/1924. 
Uma foto desse grupo está no Álbum Comemorativo do Cinqüentenário do Município, pagina 88, diante do Hotel Central, no Carnaval de 1926. 

Grupo carnavalesco “Zé Pereira” animava os bailes de carnaval, também, na segunda década do século passado, segundo foto de 1926, integrado por Sadi de Azambuja Pontes, Olinto Fontoura, Albino Müssnich, Eugênio Kasper, J. Beno Schütz, João Carlos Wallau Filho e Maximiliano Lauer. 

O nome mais completo era Zé Pereira Oxford - cf O Paladino, de 06/03/1927. 

O Paladino, de 19/09/1926, cita dois blocos atuantes: o Bloco Amantes do Choro veio tomar parte da festa de posse da primeira diretoria do Bloco dos Intrometidos. 
Em 4-10-1926, ambos os blocos se fundiram num só, tornando os "Intrometidos" mais fortes. 
A edição seguinte, do dia 26, mencionou o Bloco Saudades, que havia promovido um animado baile no salão da Sociedade Ginástica. 

Além do Bloco das Tesouras e do Mal-me-quer - conforme O Paladino, de 20/02/1927, havia o Bloco dos Gaúchos, fundado anexo ao Salão Oriental, no bairro do mesmo nome, mantenedores de uma orquestra. 

Na semana passada, foi fundado por distintas senhoritas do Oriental o "Grupo das Caturritas" - noticiou O Paladino, de 21/01/1928, - que fará galharda estréia no próximo carnaval, concorrendo para o seu brilhantismo. 

Contemporâneo foi, igualmente, o bloco Dois Cometas, participando João Heidrich, A. Maisonna, José Carlos Maurer, Albino Müssnich e Aníbal Carlos Kessler. 

Na década de 1930, havia também o bloco Zé dos Intrometidos. No mesmo período, um grupo de caixeiros-viajantes e seus familiares se organizaram para fundar o bloco carnavalesco denominado Gafanhotos, insetos que não param de pular e comer... 
ão só animavam festas burlescas em Estrela, mas também participavam de folguedos em lugares vizinhos. 

A Semana, de 20/02/1933, noticiou que o carnaval de Estrela está animadíssimo, tendo o Zé dos Intrometidos feito diversos assaltos, assim como também os cordões ali formados. 
Na reportagem de 25/02/1933, O Paladino mencionou a promoção da Sociedade Carnavalesca dos Intrometidos, em matéria assinada por Rumara. 
Rudolfo Maria Rath, seu autor, usa de enigma futurista: O Zé, então, nem se fala. Ao seu ruflar até o obelisco, que na revolução do ano de 2001 ficou firme, estremecerá.- Afinal, 68 anos depois, estamos em pleno ano de 2001... 

A edição de 11/03/1935 registrou a participação do Zé dos Intrometidos e dos Gafanhotos num baile de fantasia, promovido pelo Esporte Clube Lajeadense, em seu salão de festas. 
Os Gafanhotos trouxeram uma fantasia alusiva à crítica de que foi alvo a classe em um boletim de propaganda política após as eleições de outubro. 
Os distintos visitantes foram muito festejados e concorreram grandemente para o sucesso inegável do baile do Esportivo. 

Na edição de 06/01/1940 O Paladino menciona a ditadora do carnaval, senhorita Clélia Spalding. 

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