Revolução Federalista - Invasões a Estrela - Parte I

Intendência de Estrela-RS
João Alves Xavier - Intendente de Estrela
Corpo Policial de Estrela
Presidente do Estado Júlio de Castilhos
Líder da Oposição - Gaspar Silveira Martins

Revolução Federalista 1893 - 1895
causa "Invasões a Estrela"
Parte I

Durante o período de preparação da Revolução Federalista, os colonos e população em geral de Estrela, permaneceram alheios aos acontecimentos, isolados nas colônias ou nas oficinas artesanais, não tinham ambição por poder, que os motivassem para um posicionamento político.

De qualquer forma estavam informados a respeito dos acontecimentos através do Jornal Koseritz Deutsche Zeitang, de Porto Alegre, que antes de tudo defendia a agricultura familiar.

Neste contexto iniciou a Revolução Federalista, em fevereiro de 1893. Espalhou-se buscando a direção de Santa Catarina, parecendo que as colônias alemãs, entre elas de Estrela, ficariam fora dos conflitos.

Não foi assim que aconteceu, logo o potencial das colônias alemãs, para geração de alimentos, artesanal e humano,  rebanhos de gados, existente, foi alvo dos interesses dos beligerantes.

O cavalo, presente no potreiro dos colonos, despertava cobiça, pois era o meio de transporte mais difundido na  época.

Além das convicções políticas, destacavam-se também interesses de pessoas oportunistas, que visavam acima de tudo tirar vantagem da Revolução em benefício próprio.

Os intendentes de Estrela e Lajeado, desde 1893, recrutavam filhos de colonos para formar grupos civis de voluntários, treinados por militares, que foram muito importantes na defesa das colônias.

Foi  ameaça a família e a vida que os colonos, isolados em suas propriedades rurais, entraram na Revolução tendo como objetivo a defesa dos seus interesses, direitos, propriedades e a vida.

O Rio Taquari foi testemunho da degola de muitos beligerantes e por vezes de humilhante castração. Cabe lembrar que as barbáries eram praticadas por ambos os lados, Maragatos (revolucionários) ou Pica-Paus (legalistas).

Não se fazia prisioneiro na Revolução de 1893, e a degola era rotineira.

Pesquisa:

Airton Engster dos Santos
Bibliografia Consultada:
Aspectos da Revolução de 1893 – Moacir Flores e Hilda Agnes Hübner Flores;
O Município de Estrela – História e Crônica – Lothar Hessel;
Álbum do Cinqüentenário de Estrela – Administração Municipal 1926.

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