Dia do Doador de Órgãos no Brasil - 27 de setembro

 Dia do Doador de Órgãos no Brasil - 27 de setembro
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Mais de 70.000 pessoas no país esperam por um órgão. 

As listas são estipuladas por ordem cronológica ou em alguns casos, como o do fígado, pela gravidade da doença. Uma das principais mudanças no Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes é a prioridade que os pacientes menores de 18 anos passam a ter. A partir de agora, crianças e adolescentes ficam no topo da fila para receber órgãos de doadores da mesma faixa etária, e ganham o direito de se inscrever na lista para um transplante de rim antes de entrar na fase terminal da doença renal crônica e de ter indicação para hemodiálise.
No caso de o primeiro da fila ser incompatível com o doador, a prioridade passa para o segundo, e assim sucessivamente. Dependendo do órgão e do estado onde está o receptor, a espera pode durar mais de três anos, o que em muitos casos é sinônimo de morte. Há vinte anos, até 70% das pessoas à espera de um transplante de fígado, em todo o mundo, morriam antes ser atendidas. Hoje, esse índice fica em torno de 15%. Mesmo com o crescimento dos doadores, a demanda ainda é muito maior do que a oferta.
A questão dos transplantes ainda merece estudos e discussões entre a população cientifica e leiga. Neste sentido, serão elencadas algumas questões importantes que ajudarão a esclarecer as dúvidas mais frequentes.   
►Avaliação do potencial doador
            A avaliação do potencial doador deve considerar a inexistência de contra-indicações clínicas e laboratoriais à doação.
►Como poderei ser doador de órgãos após a morte?
            Para ser doador não é necessário deixar nada escrito, mas é fundamental comunicar à sua família o desejo da doação. A família sempre se aplica na realização deste último desejo, que só se concretiza após a autorização desta, por escrito.
►O potencial doador cadáver
            Considera-se como Potencial Doador todo paciente em morte encefálica, o qual é avaliado pelo conselho ético da Instituição formado por médicos, sendo que os mesmos não podem participar da equipe de transplante. Após as certificações, o paciente deve ser submetido a dois exames neurológicos que avaliem a integridade do tronco cerebral.
►Consentimento familiar
Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos.
A entrevista deve ser clara e objetiva, informando “que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante”. Esta conversa pode ser realizada pelo próprio médico do paciente, pelo médico da UTI ou pelos membros da equipe de captação, que prestam todas as informações que a família necessitar.
►Órgãos e tecidos que podem ser doados
Órgão/Tecido
Tempo máximo para retirada
Tempo máximo de preservação extracorpórea
Córneas
6 horas pós Parada Cardíaca
7 dias
Coração
Antes da PC*
4 a 6 horas
Pulmões
Antes da PC*
4 a 6 horas
Rins
Até 30 min Pós PC*
até 48 horas
Fígado
Antes da PC*
12 a 24 horas
Pâncreas
Antes da PC*
12 a 24 horas
Ossos
6 horas Pós PC*
até 5 anos
*PC: Parada Cardíaca

►Quem pode se beneficiar de um transplante?

Principais Indicações

Coração
portadores de cardiomiopatia grave de diferentes etiologias (Doença de Chagas, isquêmica, reumática, idiopática, miocardites);
Pulmão
portadores de doenças pulmonares crônicas por fibrose ou enfisema;
Fígado
portadores de cirrose hepática por hepatite, álcool ou outras causas;
Rim
portadores de insuficiência renal crônica por nefrite, hipertensão, diabetes e outras doenças renais;
Pâncreas
diabéticos que tomam insulina (diabetes tipo I) em geral, quando estão com doença renal associada;
Córneas
portadores de ceratocone, ceratopatia bolhosa, infecção ou trauma de córnea;
Medula Óssea
portadores de leucemia, linfoma e aplasia de medula;
Osso
pacientes com perda óssea por certos tumores ósseos ou trauma;
Pele
pacientes com grandes queimaduras.

►Quem pode ser doador em vida?
            O doador vivo é um cidadão juridicamente capaz, que, nos termos da lei, possa doar órgão ou tecido sem comprometimento de sua saúde e aptidões vitais.
            Deve ter condições adequadas de saúde e ser avaliado por médico para realização de exames que afastem doenças as quais possam comprometer sua saúde, durante ou após a doação.
            Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial.
►Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador vivo?
Rim: doa-se um dos rins (é a doação mais freqüente intervivos);
Medula Óssea: pode ser obtida por meio da aspiração óssea direta ou pela coleta de sangue periférico;
Fígado: parte do fígado pode ser doada;
Pulmão: parte do pulmão (em situações excepcionais);
Pâncreas: parte do pâncreas (em situações excepcionais).

►Principais problemas que dificultam doações de órgãos e realização de transplantes:

*Problemas de natureza clínico-biológica: compatibilidade biológica com o receptor, grupo sanguíneo, AIDS.
*Problema de natureza logístico-administrativa e econômica: retirada e conservação do órgão (laboratórios clínicos), disponibilidade de leitos hospitalares para urgência e reanimação.
*Problemas de natureza cultural e moral: convicções religiosas, educação do paciente e seu desejo ou não de realizar o transplante, desatenção e/ou arrogância do corpo médico, criação de mercado dos órgãos.

Texto - Adir Lina Biberg

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